Memória do incêndio em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, provoca debates sobre mudanças nas legislações na última década.
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria no Rio Grande do Sul, completa uma década nesta sexta-feira (27). A tragédia matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos. Mesmo depois de dez anos, nenhum réu foi responsabilizado.
Era o dia 27 de janeiro de 2013 quando o incêndio começou por volta das 03h após o vocalista de uma banda que se apresentava no local acender um objeto pirotécnico. O fogo atingiu a espuma do teto e começou a queimar.
O engenheiro Gerson Luiz Carneiro é conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e representa a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa. Ele afirma que uma sequência de erros possibilitou a tragédia. (Ouça na reportagem abaixo).
As pessoas desmaiavam ao inalar a fumaça tóxica. Além de superlotado, o local não tinha equipamentos de combate ao fogo e nem saídas de emergência suficientes.
O engenheiro destaca que há 10 anos, uma legislação paranaense já previa meios de evitar tragédias como a de Santa Maria.
Depois da tragédia no Rio Grande do Sul, debates a respeito da segurança de casas de shows foram feitos em todo o país. Normas e leis mais rígidas e reforço em fiscalizações foram realizadas para evitar que o evento se repetisse.
Em Ponta Grossa a fiscalização de estabelecimentos como casas noturnas cabe ao Corpo de Bombeiros. Aos frequentadores, a orientação é para que procurem as saídas de emergência e percebam a lotação máxima. Denúncias podem ser feitas pelo 193.
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