Vereador está afastado do cargo por determinação da justiça desde junho suspeito de integrar uma organização criminosa envolvida em fraude a licitações.
O vereador Celso Cieslak (PRTB) é alvo de um pedido de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar na Câmara Municipal de Ponta Grossa. Ele está afastado do cargo por determinação da justiça desde junho suspeito de integrar uma organização criminosa envolvida em fraude a licitações.
A denúncia por quebra de decoro foi feita pelo suplente, Sargento Guiarone, a aceita pelos vereadores na sessão dessa quarta-feira (30). A Comissão Processante é composta pelos vereadores Dr. Zeca, Josi Kieras do Coletivo e Daniel Milla Fraccaro. A presidência e relatoria devem ser escolhidas na próxima sessão do Legislativo.
A investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apura a existência de uma organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A organização criminosa teria atuação nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. O vereador de Ponta Grossa começou a ser investigado em novembro do ano passado, quando o vereador Geraldo Stocco (PV), então relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava a saúde denunciou o parlamentar ao Ministério Público por ele ter oferecido vantagem indevida para modificar pontos do relatório final da CPI.
De acordo com o Stocco, o parlamentar teria oferecido R$ 300 mil com o pedido para que o relator aliviasse o relatório. O gabinete e a residência de Cieslak foram alvos de mandado de busca e apreensão no dia 06 de junho. O afastamento do vereador foi determinado pela 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa.
Celso Cieslak assumiu o segundo mandato como vereador de Ponta Grossa em maio de 2021 como suplente do ex-vereador Valtão, que renunciou por ser alvo de um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. O processo contra Valtão foi arquivado neste mês depois da anulação de provas.
Conforme a denúncia, a conduta de Cieslak não condiz com a responsabilidade de um parlamentar. O documento ressalta que usar do cargo para obter vantagens e fraudar licitações fere o Regimento Interno da Casa e causa danos ao poder público.
A denúncia por quebra de decoro também pede a investigação dos fatos e o depoimento do vereador. Celso Cieslak nega as acusações.
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