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CBN Ponta Grossa

Dezembro de 2022 foi marcado por irregularidades de chuvas no Paraná

Ponta Grossa foi a segunda cidade do estado com o maior acumulado de chuvas no mês.

Foto: IDR

Ponta Grossa foi a segunda cidade do Paraná com o maior registro de chuvas em dezembro de 2022, atrás apenas de Guarapuava. Conforme o boletim agrometeorológico do IDR-Paraná, a precipitação acumulada em dezembro no município foi de 258,8 mm.


O índice é considerado acima da média climatológica de 148,5 mm para o mês. A anomalia em Ponta Grossa foi de 110,3 mm. Em Guarapuava choveu 319,2 mm, sendo que a média histórica é de 192,8 mm.


Jaguariaíva, nos Campos Gerais, foi a terceira cidade que registrou chuvas muito acima da média em dezembro, com diferença de 97 mm em relação ao histórico. No Paraná, os municípios de Cerro Azul, Paranavaí, Cambará, União da Vitória, Curitiba, Guaratuba, Antonina, Entre Rios, Londrina e Lapa também registraram precipitação acima da média.


As cidades ficaram na contramão do Paraná em dezembro, que teve registro abaixo do esperado. Em média, choveu 150,5 mm no Paraná e a normal climatológica é de 174,9 mm.


O boletim agrometeorológico do IDR-Paraná apontou que dezembro foi um mês com grande irregularidade de chuvas no estado. Na maioria das regiões as precipitações foram próximas da média histórica. No entanto, nas regiões Oeste e Sudoeste, as chuvas foram muito abaixo do esperado para o mês. Na região Sudoeste, por exemplo, a média histórica é 180 mm e choveu apenas 79 mm.


Dessa maneira, fruticultura, café, feijão, cana-de-açúcar e as pastagens tiveram um bom desenvolvimento no mês. O clima também favoreceu a soja, que foi afetada pela seca no passado.


Em alguns municípios houve distribuição irregular das chuvas. Assis Chateaubriand, no Oeste, possui média histórica de 192 mm em dezembro, no entanto choveu apenas 49,8 mm. Guaíra, Salto Caxias, Palotina, Santa Helena, Toledo e Foz do Iguaçu, localizados no Oeste e Sudoeste do Paraná, também registraram déficit de precipitação acima de 100 mm comparado com a média histórica.


Os municípios de Maringá e Cândido de Abreu, nas regiões Noroeste e Central do Estado, foram os que mais se aproximaram da média histórica, com um total pluviométrico de 174,4 mm e 153,4 mm em dezembro e média histórica de 181,1 mm e 159,8 mm, respectivamente.


As temperaturas também foram heterogêneas no Paraná, em comparação com a média climatológica, segundo mostra o Boletim do IDR-Paraná. Em Cianorte, no Noroeste, por exemplo, a média histórica da temperatura máxima de dezembro é de 30,9°C e em dezembro de 2022 registrou 33,7°C, ficando 2,8ºC acima do esperado.


No geral, as regiões mais a oeste do Estado tiveram temperaturas mais altas. Já em Antonina, no Litoral, a média da temperatura máxima registrada no mês foi 27,9ºC, permanecendo 2,5ºC abaixo do esperado, que é 30,4ºC.


O boletim mostrou que o as culturas tiveram um bom desenvolvimento no estado, exceto nas regiões Oeste e Sudoeste, onde se registrou muito calor e chuvas escassas e irregulares.O clima favoreceu a soja em dezembro na maioria das regiões, exceto no Oeste e Sudoeste do Estado.


No final do mês a maioria estava na fase de floração e frutificação, das quais 80% apresentaram boas condições de desenvolvimento, 16% média e 4% ruim, segundo a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab).


A cultura nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná foi muito afetada pelo calor excessivo e pela pouca precipitação, sobretudo por estarem na fase reprodutiva que é a mais exigente em água.


Já a primeira safra do milho teve um bom desenvolvimento, com exceção do Oeste e Sudoeste do Paraná devido ao déficit hídrico e calor intenso. De acordo com a Seab, 82% apresentaram boas condições de desenvolvimento, 16% médias e 2% ruins.


Segundo a Seab, a maioria da cultura de primeira safra do feijão estava na fase de frutificação, maturação e colheita em dezembro, sendo que desse total 61% e 36% apresentaram condições boas e médias, respectivamente.


Durante o ciclo houve várias adversidades climáticas no Estado nas diferentes regiões: chuva em excesso, seca, baixa temperatura, alta temperatura e baixa luminosidade. Isso provocou danos irreversíveis na cultura, com perdas na produtividade, conforme o boletim.


As culturas de mandioca, cana-de-açúcar, fruticultura e café não foram afetadas.


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