Entre as ações, estão reforço de policiais nos estabelecimentos e psicólogos para atender a comunidade escolar.
O governador Ratinho Junior (PSD) anunciou, nesta quinta-feira (13), um pacote de medidas de prevenção a casos de violência nas escolas do Paraná. Entre as ações, estão reforço de policiais nos estabelecimentos e psicólogos para atender a comunidade escolar.
O objetivo é aumentar a presença das estruturas de segurança pública nos colégios e uma maior integração entre os órgãos estaduais para evitar que o Estado passe por situações que têm sido registradas no Brasil recentemente.
Durante o anúncio, o governador tranquilizou os pais e destacou que as instituições de ensino paranaenses são locais seguros. O governador anunciou, ainda, a ampliação do programa Escola Segura para 300 escolas que tenham histórico de violência.
Atualmente, o programa está vigente em 112 escolas. Com isso, 5.600 policiais militares devem atuar nos colégios paranaenses. Desse número, dois mil são de uma contratação recente da PM que concluíram o treinamento.
Conforme o governo, todas as viaturas policiais que não estiverem em atendimento de ocorrências ficarão em frente às escolas para reforçar a segurança dos locais. As medidas foram anunciadas após os ataques em escolas no Brasil.
No início do mês, quatro crianças morreram e cinco ficaram feridas quando uma creche foi alvo de um ataque em Blumenau, em Santa Catarina. Desde então, notícias falsas têm circulado nas redes sociais sobre ataques em escolas em todo o país.
Para o governador, a população deve ter cuidado ao replicar informações falsas que podem criar pânico. (Ouça na reportagem abaixo).
O secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, falou da preocupação com a evasão escolar, já que muitos pais ou responsáveis tem deixado as crianças em casa devido ao pânico.
Ratinho Junior destacou que os pais ou responsáveis devem estar atentos com o comportamento dos filhos. O governador anunciou, ainda, a contratação de 40 psicólogos e 200 bolsistas da área de psicologia para atuarem no suporte a professores e estudantes, em uma atividade de prevenção e identificação de potenciais riscos.
De acordo com o governador, a contratação dos psicólogos também vai atuar na prevenção de fatalidades.
Conforme o governo, os professores também poderão acionar o Botão do Pânico através do Registro de Classe Online (RCO), sistema já utilizado para controle de frequência e notas dos estudantes, além dos planos de aula.
O Botão do Pânico está vinculado ao aplicativo 190 PR, da Polícia Militar e, ao ser acionado, gera um atendimento de emergência ao local da vítima, baseado na localização do solicitante.
O intuito é que a ferramenta possa auxiliar também em ambientes escolares mais seguros para alunos, professores e outros funcionários. O secretário Roni Miranda também destacou que os profissionais de educação vão passar por treinamento especializado.
Segundo o governo, outro programa que será intensificado é o dos Colégios Cívico-Militares (CCM), que além da proposta pedagógica com fortalecimento de valores humanos e cívicos, também conta com monitores do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários (CMEIV).
Atualmente, o Paraná conta com 194 Colégio Cívico-Militares, além de 12 unidades do Programa Nacional das Escolas Cívico Militares (PECIM), do Ministério da Educação, somando 206 colégios.
A proposta é quase dobrar as escolas neste modelo, que deverão passar para 400 com um investimento adicional de R$ 30 milhões ao ano.
O Estado também instituiu o Comitê Intersetorial de Prevenção, Monitoramento e Segurança em Escolas do Paraná. Entre as atribuições do grupo, estão a análise de situações de risco, desenvolvimento de mecanismos de combate à violência, elaboração de estudos em conjunto com as forças de segurança pública, reforço ao trabalho educativo e preventivo e criação de um canal direto de denúncias.
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