Industriais adotam cautela para realizar investimentos para 2023.
Quase 60% dos empresários da indústria do Paraná acreditam que a economia pode apresentar retração em 2023. A indefinição política e o cenário econômico nacional e internacional são os principais fatores apontados pelo setor.
Os dados são de uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). Para 15% dos empresários, a economia do país apresentará crescimento ou forte crescimento e outros 27% acreditam que vai permanecer estável.
O presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, afirma que a demora na definição do novo governo federal pode afetar o planejamento da indústria. (Ouça na reportagem abaixo).
A Sondagem Industrial da Fiep é realizada desde 1995 e está na 17ª edição. A pesquisa é considerada a maior feita com empresários do setor para identificar o desempenho dos negócios e as expectativas para o ano seguinte.
O estudo também é uma ferramenta para que a Federação conheça intenções, dificuldades e desafios do setor nos próximos meses e possa definir ações convergentes aos interesses da indústria, de acordo com as prioridades sinalizadas na pesquisa.
De acordo com o levantamento, 41% dos industriais estão otimistas ou muito otimistas para o desempenho da indústria em 2023 e 44% expressaram expectativa neutra.
Entre as motivações do otimismo estão as perspectivas de crescimento das vendas, possibilidade de entrada em novos mercados e no aumento da produtividade e competitividade.
No entanto, custos de produção, infraestrutura logística e energia são os principais entraves que podem interferir no desempenho dos negócios.
A sondagem também apresentou os resultados do ano de 2022. Para 67% dos industriais, as empresas apresentaram um desempenho bom ou muito bom neste ano.
O principal fator que influenciou esse resultado foram as vendas, aumento da produtividade e competitividade, investimentos e aposta em novos mercados.
Esses empresários também apontaram os custos totais de produção como o principal fator de influência negativa.
Em relação aos investimentos, 65% dos empresários afirmaram que vão utilizar recursos próprios como principal fonte de financiamento, 18% pretendem recorrer a bancos de fomento e desenvolvimento e 9% indicaram recursos de bancos tradicionais.
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