top of page
CBN Ponta Grossa

Inquérito administrativo que apura troca de mensagens racistas entre alunos da UEPG é prorrogado

Processo deveria ter sido finalizado no dia 22 de outubro.

O inquérito administrativo que investiga a troca de mensagens racistas entre estudantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foi prorrogado por mais um mês. O processo deveria ter sido finalizado no dia 22 de outubro.


A Universidade afastou sete alunos até o fim das investigações. O caso é investigado também pelo Ministério Público do Paraná. As mensagens foram trocadas por estudantes do curso de Agronomia da Instituição.


Os conteúdos de teor racista são publicados em forma de figurinhas entre os alunos. Há também mensagens de cunho homofóbico e símbolos nazistas. O racismo e qualquer tipo de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é considerado crime no Brasil.


O caso foi denunciado de forma anônima para a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis no dia 22 de agosto. A Ouvidoria da Universidade abriu um processo e encaminhou a denúncia ao Ministério Público.


O órgão instaurou um procedimento que tramita sob sigilo para preservar a investigação. De acordo com o Ministério Público, algumas diligências ainda estão em andamento.


Em nota, a UEPG ressaltou que atua no combate a toda e qualquer manifestação de racismo por meio da Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade, a primeira do tipo em uma universidade estadual.


Os sete alunos continuam afastados de forma cautelar até o fim da investigação. Com a conclusão do processo na UEPG, os estudantes podem passar por advertência interna, suspensão ou até mesmo a expulsão da Universidade.


De acordo com a UEPG, a conclusão do inquérito vai ser enviada ao Ministério Público do Paraná, que já investiga o caso desde agosto.


Na última sexta-feira (21), a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) relançou a campanha “UEPG está de olho”. Segundo a Instituição, a iniciativa foi criada em junho de 2019 e atua contra todas as formas de assédio e discriminações na instituição.


Nesta edição, a atividade tem como temas o combate à incitação da violência, à apologia ao nazismo, ao racismo e à LGBTfobia. As ações digitais previstas incluem banner no site institucional, e-mail para os servidores, publicações de vídeos da campanha em redes sociais e envios por aplicativos de mensagem.


A campanha também terá abordagens presenciais, com fixação de cartazes, distribuição de adesivos e instalação de faixas nas entradas dos campi. Até o final do ano, a Pró-reitoria vai desenvolver um trabalho de sensibilização dos públicos da instituição por meio de panfletagens, palestras e rodas de conversa.


A campanha tem o apoio do Núcleo Maria da Penha da UEPG (Numape); Núcleo de Relações Étnico-raciais, de Gênero e Sexualidade (Nuregs); Laboratório de Estudos de Gênero, Diversidade, Infância e Subjetividades (Lagedis); e Coordenadoria de Comunicação da UEPG (CCOM).


Comments


bottom of page