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Investimentos em startups do interior podem evitar êxodo do empreendedorismo

CBN Ponta Grossa

Programas de fomento à inovação podem facilitar ambiente de negócios fora de grandes centros urbanos e financeiros.

Foto: UEPG

Quando se fala em startups de sucesso, muitas pessoas tendem a pensar nas empresas inovadoras criadas em grandes centros urbanos e financeiros. No Brasil, os principais eixos de investimentos nesse tipo de empresa ficam em São Paulo e Florianópolis.


Mas essa realidade pode mudar através do fomento à inovação no interior do Brasil. Em Ponta Grossa, uma startup anunciou nesta semana uma parceria que pode impulsionar o crescimento em 2023.


O Clube da Robótica foi fundado em 2019 com o objetivo de ensinar robótica para crianças e adolescentes. Seu principal produto é um material didático que introduz de forma simples e lúdica conceitos básicos de física, química, informática e robótica a alunos do Ensino Fundamental.


A empresa também oferece oficinas e aulas de robótica para grupos de alunos e turmas escolares. O Clube foi a única startup dos Campos Gerais selecionada para participar de um programa do Sebrae que capacita negócios inovadores.


Desde 2018, o Programa Capital Empreendedor já atendeu 150 empresas paranaenses que movimentaram mais de R$ 28 milhões em investimentos. Somente em 2021, em média, cada startup recebeu R$ 1,3 milhão em aportes.


Os dados são da pesquisa realizada pelo Sebrae/PR com 70% das startups participantes do programa em 2021. De acordo com o relatório, 90% delas registraram receitas no período de janeiro a dezembro daquele ano. Já a média de faturamento girou em torno de R$ 852 mil, também no mesmo período.


Tendo dinheiro em caixa, as empresas também contrataram mais. Segundo a pesquisa, 50% das startups aumentaram a equipe. Os investimentos ainda contribuíram para o desenvolvimento dos negócios. O relatório apontou que 63% das empresas estão em pleno crescimento após a participação no Capital Empreendedor.


Esse é o caso do Clube da Robótica, que participou do programa no ano passado e chamou a atenção de investidores. O investidor Reginaldo Scholemberg conheceu a startup ponta-grossense em junho do ano passado, quando a empresa se tornou finalista do programa do Sebrae.


Em setembro, ele esteve em Ponta Grossa para participar do Conect Day, conheceu a sede do Clube e firmou o compromisso de acompanhar a evolução do negócio para um possível investimento. Desde então ele auxilia o Clube na área de vendas e como mentor de negócios.


Reginaldo atua como transformador no Instituto de Transformação Digital e é Conselheiro da Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES). Além disso, foi destaque na turma de investidores anjo capacitada pelo Sebrae e pela Harvard Angels do Brasil. Para o investidor, a ideia é evitar o chamado “êxodo do empreendedorismo”.


O Clube da Robótica está incubado no HUB de Inovação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) faz parte do Vale dos Trilhos, a governança do ecossistema de inovação formada pelos atores focados na criação de um ambiente propício à inovação no município.


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