Processo foi suspenso até que o laudo seja concluído; Polícia Civil descartou surto.

A mulher suspeita de matar os dois filhos em Guarapuava, na região central do Paraná, deve passar por um exame de insanidade mental em dezembro deste ano. Com isso, o processo está suspenso até a finalização do laudo.
A 5ª Promotoria de Justiça de Guarapuava denunciou a mulher no dia 06 de setembro pelos crimes de duplo homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
No caso do duplo homicídio, a denúncia apresentou os agravantes de motivo fútil, asfixia, impossibilidade de defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos.
A pena pode ainda ser aumentada pelo crime ter sido praticado contra os filhos. A denúncia foi recebida pela 2ª Vara Criminal de Ponta Grossa, que tornou a mulher ré pela morte das crianças.
Ela foi presa no dia 27 de agosto depois de ficar com os corpos das crianças por cerca de 15 dias dentro do apartamento. De acordo com o inquérito da Polícia Civil, o menino de três anos foi asfixiado por um travesseiro e a menina, de 10 anos, foi enforcada depois de receber um calmante.
A menina, inclusive, foi mantida viva junto com o cadáver do irmão por no mínimo algumas horas. Ainda não é possível precisar os dias das mortes. A Polícia Civil acredita que a mulher teria se mudado para o município para “se livrar dos filhos”.
A Polícia não pediu o laudo psiquiátrico porque descartou a versão de que a suspeita teria tido um surto no dia do crime. A defesa, no entanto, pediu uma avaliação psicológica. O exame deve ser feito no dia 09 de dezembro no Complexo Médico Penal, em Pinhais.
O laudo deve comprovar a sanidade ou insanidade mental da acusada no momento dos crimes, ou seja, se ela é penalmente imputável, caso em que estará sujeita às penas de reclusão previstas para cada crime, ou penalmente inimputável, em que ela estará sujeita à medida de segurança de internação psiquiátrica no próprio Complexo Médico Penal.
Até a conclusão do laudo, o processo segue suspenso. A mulher continua presa e a investigação corre em sigilo de justiça.
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