Ministério Público sustenta que homem assumiu o risco ao dirigir com sinais de sonolência; Inquérito concluiu que ele dormiu na direção.
O motorista do ônibus envolvido no acidente que matou sete pessoas na BR-277 em Fernandes Pinheiro, nos Campos Gerais, foi denunciado por homicídio. O acidente aconteceu na madrugada de 31 de janeiro.
O ônibus saiu de Florianópolis, em Santa Catarina, e tinha como destino Foz do Iguaçu, no oeste do estado. Conforme as investigações, o motorista teria dormido enquanto dirigia. O ônibus tombou na rodovia por volta das 01h50, matou sete pessoas e deixou 22 feridas. Entre os mortos, uma criança de três anos.
A denúncia do Ministério Público aponta que o motorista, de 43 anos, assumiu o risco porque horas antes do acidente seu estado de sonolência era visível para os passageiros. Conforme a denúncia, durante o percurso, pelo estado de sono do condutor, o veículo teria invadido a pista contrária por diversas vezes.
O Ministério Público denuncia também que o motorista teria parado em diferentes ocasiões para lavar o rosto, buscando amenizar o efeito do cansaço. De acordo com a denúncia, mesmo com todos os sinais de que não estava em condições de dirigir, o denunciado assumiu o risco e continuou a viagem, ocasionando as mortes e lesões.
O homem foi denunciado por sete homicídios, seis lesões graves e duas leves, cometidos com dolo eventual. O inquérito da Polícia Civil descartou a possibilidade de falha mecânica e apurou que o motorista dormiu na direção.
Segundo o inquérito, o motorista apresentava comportamento inadequado pelo menos seis meses antes do acidente, com episódios de sonolência e uso do celular durante a condução do veículo.
O inquérito aponta, também, que ele ignorou as advertências de que o comportamento poderia resultar em uma tragédia. Ao todo, sete pessoas morreram, quatro homens, duas mulheres e o menino de três anos. Entre as vítimas estavam uma mãe e um filho argentinos.
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