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CBN Ponta Grossa

Nova cigarrinha é identificada no Paraná e preocupa produtores de milho

Pesquisa feita na UEPG foi a primeira a confirmar transmissão de vírus pela praga com potencial de danos de 20% na lavoura; Perdas podem ser totais se aliadas à bactéria responsável pelo enfezamento.

Foto: Reprodução/Laborátorio de Entomologia Aplicada da UEPG

Pesquisadores confirmaram a presença de uma nova espécie de cigarrinha no Paraná. Dependendo do vírus ou bactéria, danos podem variar entre 20% ou 100% da produtividade da lavoura. Os primeiros registros da cigarrinha africana na América Latina foram em Goiás e Rio Grande do Sul.


O Paraná é o terceiro estado com esse registro. A praga foi encontrada em lavouras de Londrina, no norte do estado. Técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) encaminharam amostras para o Laborátorio de Entomologia Aplicada da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).


Um grupo de pesquisadores da UEPG, Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo e Consultoria agronômica do Rio Grande do Sul analisou a presença da cigarrinha em um artigo que deve ser publicado em revista científica nos próximos dias.


O pesquisador e diretor da Fazenda Escola da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Orcial Ceolin Bortolotto afirmou à CBN que a identificação da praga foi resultado de uma força tarefa e que provavelmente ela está presente nas lavouras de todo o estado.


Professor concedeu entrevista à CBN Ponta Grossa

Para o pesquisador, a descoberta preocupa os produtores porque ainda não é possível precisar a resistência da praga aos defensivos agrícolas. A pesquisa comprovou também que essa nova praga é capaz de transmitir o vírus agente da doença denominada risca, que afeta as plantações de milho.


Além do vírus, as duas espécies são responsáveis pelo enfezamento do milho, uma espécie de bactéria que causa danos importantes na lavoura e podem afetar a produtividade. O pesquisador explica a diferença do vírus e da bactéria.


A safra de milho nos Campos Gerais deve começar a ser plantada em setembro. Conforme o pesquisador, as duas pragas são bem parecidas, com diferenças de tamanho e detalhes na cabeça. Os pesquisadores continuam o monitoramento de lavouras do estado para evitar a perda de safras de milho.


Ouça a entrevista:



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