Policial militar é suspeito de auxiliar o grupo criminoso com o fornecimento de informações privilegiadas e sigilosas.
A Polícia Civil prendeu sete pessoas na "Operação Pax" deflagrada nesta terça-feira (28), em Ponta Grossa. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Uvaranas, Contorno e Chapada.
De acordo com o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a operação teve como alvo uma organização criminosa armada supostamente responsável por tráfico de drogas e armas e por homicídios em Ponta Grossa.
Entre os presos estão quatro homens e três mulheres. Conforme a Polícia Civil, foram oito mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária. Além de uma mulher de 22 anos que foi presa em flagrante.
Três investigados permanecem foragidos. Um mandado de busca e apreensão ainda foi cumprido em São Paulo. Durante as buscas, foram apreendidos dois veículos e duas armas de fogo. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª e pela 2ª Varas Criminais de Ponta Grossa.
As investigações começaram em março deste ano e indicam que vários homicídios e tentativas de assassinatos em Ponta Grossa em 2021 e 2022 estão relacionados a um conflito entre facções criminosas que disputam o mercado de drogas na região. Para a execução dos crimes, os criminosos utilizaram armas de calibres restritos, como fuzis e pistolas 9 mm.
Segundo a Polícia, entre os homicídios suspeitos de serem determinados e executados pela facção, está o de uma advogada assassinada em março deste ano. A disputa territorial teria sido responsável pelo aumento expressivo dos crimes dolosos contra a vida na região de Ponta Grossa.
A Polícia cumpriu ainda um mandado de suspensão das funções contra um policial militar suspeito de auxiliar o grupo criminoso com o fornecimento de informações privilegiadas e sigilosas, contribuindo para o tráfico e as mortes.
O policial também foi alvo de duas buscas e apreensões, cujos mandados foram expedidos pela Vara da Auditoria da Justiça Militar do Paraná, para cumprimento pelo Ministério Público com apoio da Corregedoria da Polícia Militar.
O policial é integrante do 1º Batalhão da Polícia Militar de Ponta Grossa. Em nota, o Batalhão afirmou que "não compactua com qualquer prática delituosa de seus membros".
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