Caixa foi colocada no Monumento do Sesquicentenário em evento no dia 15 de setembro de 1973 e contém documentos, cartas, fotos e outros objetos.
A cápsula do tempo que está guardada em um monumento na Praça Marechal Floriano Peixoto será aberta na próxima sexta-feira (08) depois de 50 anos. A caixa foi colocada no Monumento do Sesquicentenário em evento no dia 15 de setembro de 1973 e contém documentos, cartas, fotos e outros objetos.
Na época, autoridades civis, militares e eclesiásticas e estudantes colaboraram com o conteúdo que comemorava os 150 anos de Ponta Grossa. A década de 1970 foi marcada por transformações no perfil do município, como a ebulição industrial depois do Plano de Desenvolvimento Industrial – (Pladei), lançado pelo então prefeito Cyro Martins em 1971 e a criação do Distrito Industrial.
Em 1973, o prefeito era o engenheiro Luiz Gonzaga Pinto, da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido do presidente da República à época, General Emílio Médici, durante a ditadura militar. Em seu mandato de prefeito, seguiu a linha do governo federal, com a política econômica baseada no modelo “agrícola-exportador e industrializador”.
Esse processo favoreceu o desenvolvimento da cidade, com perfil agropecuário, destaque na produção de soja. Não se sabe exatamente o conteúdo da cápsula do tempo lacrada há 50 anos, mas entre os objetos estão jornais e moeda da época, além de uma lista com os nomes das autoridades que participaram do evento em 1973, com forte presença de autoridades militares e eclesiásticas.
Em 2020, vândalos depredaram o monumento na Praça Marechal Floriano Peixoto e deixaram a cápsula de aço inox exposta por cerca de um dia. Ela foi fechada novamente e deve ser aberta oficialmente nesta sexta-feira (08) em um evento fechado.
De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, a urna será retirada do local às 09h com a presença de convidados. Depois, será levada até o auditório do Centro da Música, onde a abertura vai acontecer. A solenidade será transmitida ao vivo pelas redes sociais da prefeitura.
Além da prefeita Elizabeth Schmidt, devem participar do evento os secretários, representantes da comissão dos 200 anos, autoridades, membros do Conselho do Patrimônio Cultural e imprensa. Uma museóloga vai ser responsável pela abertura da caixa.
Conforme a Secretaria, o material é considerado sensível e deve ser manuseado com cuidado e profissionalismo. Por isso, o público presente foi limitado. Depois de conhecido, o conteúdo será exposto no Museu Municipal Aristides Spósito, que vai funcionar na Mansão Vila Hilda, a partir do dia 12 de setembro.
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