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  • CBN Ponta Grossa

Polícia continua buscas por suspeitos de tentativa de assalto em Guarapuava

A tentativa do crime aconteceu na noite de domingo (17) e madrugada de segunda-feira (18). O caso é investigado pela Polícia Civil.


A Polícia Militar montou um cerco na zona rural de Guarapuava para encontrar os criminosos que tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores do município, que fica na região Central do Paraná. As buscas pelos suspeitos entraram hoje no segundo dia.


A tentativa do crime aconteceu na noite de domingo (17) e madrugada de segunda-feira (18). O caso é investigado pela Polícia Civil.


Além de 60 integrantes do batalhão em Guarapuava, outros 200 policiais atuam na cidade. Três helicópteros do estado também dão suporte, assim como equipes com cães.


A tentativa de assalto envolveu cerca de 30 criminosos e pelo menos 12 veículos usados. Os bandidos fugiram sem concluir o assalto, após troca de tiros na zona rural de Guarapuava.


Os criminosos bloquearam as entradas e saídas do 16° Batalhão de Polícia Militar para dificultar a ação das forças de segurança, mas os policiais estavam em ronda.


De acordo com o governo, um plano de contingência foi colocado em prática para impedir a ação e preservar a segurança dos moradores.


O Secretário de Segurança Pública do Paraná, Romulo Marinho Soares, explicou que o plano de contingência tinha o objetivo de afastar os criminosos do centro da cidade para a segurança da população.


No entanto, a Polícia Militar de Guarapuava afirmou, em nota, que a ação foi fruto de organização espontânea dos policiais e não de um planejamento prévio. Conforme a Corporação, policiais de folga, da reserva e afastados participaram dos procedimentos para evitar o ataque dos criminosos.


A nota ressalta que os policiais utilizaram equipamentos particulares e veículos próprios.


Ação dos criminosos


Os criminosos chegaram em Guarapuava por volta das 22h. Meia hora depois, parte do grupo atacou o batalhão da Polícia Militar e parte a transportadora de valores. Nesse momento, dois caminhões foram incendiados para evitar que os policiais saíssem do batalhão.


Os criminosos também bloquearam pontos da BR-277. Dois policiais foram baleados enquanto saíam do quartel para iniciar ronda programada. Um deles levou um tiro na perna e não corre riscos, já o outro foi atingido no rosto e está internado em Unidade de Terapia Intensiva em estado grave. Um terceiro policial teve o celular atingido por um tiro.


De acordo com a Polícia Militar, as equipes que estavam dentro do quartel apresentaram resistência aos ataques do grupo. O plano de contingência teve início por volta das 23h. Policiais que faziam ronda começaram a fechar as saídas da cidade.


Enquanto os criminosos tentavam invadir a empresa, moradores foram usados como escudo humano. Um homem foi atingido, mas teve ferimentos leves e não corre risco de vida.


Uma viatura blindada do Exército Brasileiro foi utilizada para o transporte de soldados que chegaram para reforçar a segurança do quartel. O Exército afirma que não influenciou na operação policial.


Durante a ação, os criminosos não conseguiram chegar ao cofre da transportadora e fugiram do local em direção à zona rural. Segundo o secretário, houve uma perseguição por volta da meia-noite e um confronto em uma estrada do distrito de Palmeirinha.


"Novo cangaço"


Os carros abandonados tinham placas de vários estados. A Polícia Militar acredita que a ação pode ter sido organizada com participação de criminosos de fora do estado.


Segundo a Polícia, o tipo de abordagem, com o cerco a cidade, ataques explosivos e com uso de pessoas como escudo é conhecido como novo cangaço e repete um padrão já visto em assaltos em Criciúma (SC) em novembro de 2020 e Araçatuba (SP) em setembro do ano passado.


O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, afirmou que as equipes já esperavam que esse tipo de crime fosse feito no estado.


De acordo com a Polícia Militar, além dos carros, os criminosos também abandonaram nove armas de fogo, dois fuzis .50, sete fuzis e capacetes balísticos.


O grupo deixou mochilas com mantimentos para socorro próprio, o que sinaliza que estavam preparados para a fuga. Os assaltantes fugiram por volta das 5h45 da manhã e seguem desaparecidos. A Polícia acredita que podem estar feridos, já que marcas de sangue foram encontradas nos carros e nas ruas da cidade.


Um suspeito chegou a ser preso na tarde de ontem, mas foi liberado depois de prestar depoimento porque não foram encontradas evidências para a prisão em flagrante. Segundo as investigações, ele estaria ligado à parte logística de fornecimento de armas à quadrilha.


A Secretaria de Segurança Pública do Paraná confirmou que doze veículos usados pelos bandidos já foram localizados, além de nove armas, uma pistola, um carregador de fuzil, munições, capacetes e coletes balísticos.


O governador Ratinho Junior afirmou, nas redes sociais, que determinou o direcionamento de esforços para Guarapuava e região, inclusive com aeronaves e equipes especializadas.


Segundo o governador, o estado tem um trabalho de inteligência e monitoramento desses grupos criminosos e a operação rápida das equipes frustrou o assalto.


Também pelas redes sociais, o Ministro da Justiça, Anderson Torres, anunciou o envio de reforços da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.


Ouça a reportagem:


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