O Instituto Água e Terra suspendeu por 90 dias a queima controlada para atividades agrossilvopastoris no Paraná. A medida inclui o método utilizado para despalha da cana-de-açúcar. A portaria, publicada no Diário Oficial do Estado, também determina que as usinas de açúcar e álcool comuniquem a proibição aos fornecedores de matéria-prima. O objetivo é reduzir o risco de incêndios florestais, em um momento em que o Paraná enfrenta alta vulnerabilidade devido à falta de chuvas, baixa umidade e altas temperaturas.
Nesta segunda-feira, o Simepar registrou umidade relativa do ar de 18,1% em Londrina, 19% em Loanda e 20% em Altônia, no Noroeste. Curitiba teve 27%. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a umidade ideal para a saúde varia entre 50% e 60%.
“É um momento climático muito crítico, em que tivemos de tomar essa decisão para inibir qualquer queima no campo. Um foco de fogo, nas condições atuais, pode se transformar em incêndio de grandes proporções”, afirmou a gerente de Licenciamento do IAT, Ivonete Coelho da Silva Chaves.
De janeiro a agosto deste ano, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 10 mil focos de incêndio no estado. O governador Ratinho Junior decretou situação de emergência devido à estiagem. Quando há risco elevado de incêndios, a Defesa Civil emite alertas às unidades dos bombeiros para atuação imediata.
A orientação é que a população evite iniciar queimadas, não use fogo para limpeza de terrenos, não queime lixo e não solte balões. Em caso de incêndio, a recomendação é acionar o Corpo de Bombeiros imediatamente.
Por Vitória Testa, com supervisão de Emmanuel Fornazari
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