Números finais foram divulgados pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná nessa terça-feira (22).
Os municípios dos Campos Gerais geraram mais de R$ 21 bilhões em riquezas do agronegócio em 2022, de acordo com o relatório definitivo do Valor Bruto da Produção Agropecuária. Os números finais foram divulgados pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná nessa terça-feira (22).
Em comparação com o ano anterior, houve um crescimento de quase R$ 4 bilhões, um aumento de 21% na região. Em 2021, o VBP somou mais de R$ 17 bilhões. Entre as 19 cidades que integram a Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), Castro lidera o ranking de geração de riqueza do agronegócio com VBP de mais de R$ 4 bilhões de reais.
Em seguida, Carambeí produziu cerca de R$ 2,2 bilhões e Tibagi R$ 2,1 bilhões. Os municípios de Piraí do Sul e Palmeira registraram VBP de R$ 1,6 bilhão cada. Ponta Grossa somou R$ 1,44 bilhão de Valor Bruto e Arapoti, R$ 1,42 bilhão. (um bilhão e quatrocentos milhões)
Nos Campos Gerais, sete cidades registraram VBPs bilionários.
VBP do Paraná
O Paraná somou um Valor Bruto de Produção Agropecuária do Paraná de mais de R$ 191 bilhões. Conforme o Deral, o valor no estado representa crescimento nominal de 6% frente aos R$ 180,5 bilhões de 2021, mas uma redução real de 4%, em razão da alta carga inflacionária e das perdas no campo.
Os setores pecuário e de produtos florestais ampliaram a participação no Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária paranaense em 2022. Enquanto a pecuária subiu de 48% para 51% comparado com o ano anterior, a produção florestal foi de 3% para 5%. Prejudicada pelas geadas e estiagem, a agricultura passou de 49% para 44%.
Após ajustes pontuais realizados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), o VBP total do Paraná teve um incremento de aproximadamente R$ 500 milhões em relação ao divulgado no relatório preliminar em junho.
O levantamento do VBP paranaense é um dos mais completos do País e envolve cerca de 350 produtos da agricultura, pecuária, piscicultura, silvicultura, extrativismo vegetal, olericultura, fruticultura, plantas aromáticas e ornamentais.
O índice compõe o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), responsável por dividir a fração do ICMS destinada aos municípios.
Conforme o Deral, no ano passado houve um crescimento considerável da pecuária, com destaque para o leite bovino, que saiu de R$ 9 bilhões para R$ 11,4 bilhões.
Já no setor agrícola, as perdas de valores na soja foram mais acentuadas, refletindo a redução na produção, que caiu de 19,7 milhões de toneladas para 12,5 milhões de toneladas. Enquanto o VBP de 2021 apresentou R$ 51,1 bilhões, no ano passado ficou em R$ 35,7 bilhões. As condições do clima, com geadas e estiagem foram determinantes.
As consequências climáticas também influenciaram na produção de café. As 51 mil toneladas colhidas em 2021 foram reduzidas a 29,2 mil toneladas no ciclo seguinte. Com isso o VBP caiu de R$ 911,2 milhões para R$ 486,8 milhões, uma queda nominal de 47% e real de 52%. No setor de grãos, o milho foi o destaque positivo com VBP de R$ 20,2 milhões em 2022, contra R$ 12,9 milhões no ano anterior.
Em todo o estado, são 34 municípios que ultrapassaram R$ 1 bilhão no Valor Bruto de Produção.
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