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Tecnologia que reduz em até 99% infestação de dengue começa a ser aplicada em Jaguariaíva

CBN Ponta Grossa

Técnicos instalam armadilhas para a captura de ovos do mosquito para deixar os machos estéreis e depois soltam para acasalar com fêmeas nativas.


Na semana passada, o Paraná registrou 2.435 casos de dengue, segundo o Informe Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde. Foram 151 a mais que o registrado na semana anterior.


Também houve 1.898 novas notificações, o que representa aumento de 5,7% em relação ao boletim passado. Os dados acumulados de agosto de 2022 até 17 de janeiro contabilizam 35.174 casos suspeitos de dengue. Os 2.435 confirmados representam 7% deste total.


Dos confirmados, 1.912 (78%) são autóctones, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência do paciente. Há, ainda, 6.456 casos em investigação, 23.121 descartados e 3.162 inconclusivos.


A Secretaria orienta o reforço dos cuidados para evitar a infestação do mosquito causador da doença, como deixar os quintais limpos e eliminar todos os recipientes que acumulem água.


Em Jaguariaíva, na região dos Campos Gerais, uma tecnologia que pretende controlar de forma efetiva a proliferação do mosquito começou a ser utilizada neste mês.


A prefeitura contratou uma empresa que vai prestar o serviço de Controle Natural dos Vetores com o objetivo de reduzir a infestação do Aedes aegypti. A tecnologia solta machos estéreis criados em laboratório para acasalar com as fêmeas nativas e acabar com a procriação.


Os trabalhos vão ser feitos nos bairros que possuem os maiores índices de infestação pelo mosquito na cidade em uma área de km² e 6 mil habitantes. Jaguariaíva faz parte da 3ª Regional de Saúde do estado, com sede em Ponta Grossa.


O município não possui muitos casos de dengue confirmados. No entanto, existe um risco de surto da doença de acordo com o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (Lira). No início de janeiro do ano passado, o índice era de 1,4 e em abril era de 4,7.


O projeto foi implantado no Paraná pela primeira vez em Jacarezinho. Na região, Ortigueira passou por um tratamento de dois anos para reduzir a infestação. Como resultado, segundo a empresa, houve uma redução de 99% na infestação, em comparação com o início do projeto.


Os técnicos instalam armadilhas para a captura de ovos do mosquito para deixar os machos estéreis. Os mosquitos de laboratório são soltos em pontos da cidade para acasalar com fêmeas selvagens, o que provoca uma redução gradativa na infestação e na disseminação de doenças como a Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela urbana.



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