Além dos dois agentes, um "preso de confiança" também foi denunciado; Suspeita é de que eles tenham torturado homem que relatou irregularidades no local.

Dois agentes penitenciários e um preso foram denunciados pelo crime de tortura na cadeia pública de Jaguariaíva, nos Campos Gerais. Segundo o Ministério Público, o crime aconteceu no dia 20 de junho contra um outro preso que tinha relatado irregularidades no local.
Os três teriam agredido o homem com socos, chutes e tapas, especialmente no rosto, como forma de castigo. De acordo com a denúncia da 1ª Promotoria de Justiça, a agressão ocorreu porque um dia antes ele teria relatado irregularidades relacionadas ao funcionamento da unidade prisional ao Ministério Público.
O preso que participou da agressão era considerado pelos agentes como um “preso de confiança”, que prestava serviços na unidade. Um dia antes do crime, a Promotoria de Justiça tinha feito uma inspeção na cadeia pública. Na ocasião, a vítima relatou irregularidades da unidade e cuspiu no rosto de um dos agentes.
A mãe do preso procurou o Ministério Público para denunciar o crime que teria ocorrido por represália. Segundo o depoimento, os agentes não teriam gostado das reclamações do homem, dizendo que ele estaria incitando os demais presos.
Conforme o Ministério Público, a agressão foi uma forma de corretivo contra o preso.
De acordo com a denúncia, o laudo da perícia comprovou a violência, com intenso sofrimento físico. Além de tapas, socos e chutes, a vítima também foi agredida com chineladas. Caso a submissão da vítima seja comprovada, os denunciados podem ser condenados pelo crime de tortura, com pena de até oito anos de prisão.
A CBN Ponta Grossa questionou a Secretaria de Segurança Pública do Paraná sobre a conduta dos agentes e aguarda um posicionamento.
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