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  • Ricardo Silveira

Apesar dos efeitos da estiagem, exportações do Paraná cresceram 13,9% em 2022

O levantamento é da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint), vinculada ao Ministério da Economia

(Foto: Imagem Ilustrativa | Foto: Cláudio Neves/AEN).

Apesar dos prejuízos causados pela estiagem, especialmente com a queda na produção de soja, as exportações do Paraná cresceram 13,9% no acumulado de janeiro a julho de 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado. Passaram de US$ 11,1 bilhões (R$ 56,61 bilhões pela cotação atual) para US$ 12,6 bilhões (R$ 64,26 bilhões).


O levantamento é da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint), vinculada ao Ministério da Economia.


O resultado positivo foi puxado pela comercialização para o Exterior de itens como óleo de soja bruto (+187,9%), óleos e combustíveis (+123,5%), papel (+75%), madeira (+57%) e carne de frango in natura (+42,8%).


Além disso, o Paraná se destacou nas exportações de bens de alto conteúdo tecnológico. A comercialização de tratores, por exemplo, apresentou expansão de 83,2%. Em relação a veículos de carga cresceram 39% e o setor de autopeças registrou aumento de 31,8%.


O bom desempenho reforça a importância da expansão da industrialização no Estado, fator determinante para amenizar os efeitos causados pela estiagem à produção de grãos, setor dos mais representativos na pauta de exportação paranaense.


No caso da soja, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a redução foi de 38,6%, passando de 19,9 milhões de toneladas colhidas na temporada 2020/2021 para 12,2 milhões na safra 2021/2022.


Também como consequência, as exportações de oleaginosas (soja em grão), responsável por mais de 17% de toda a exportação paranaense, apresentaram decréscimo de 30,4% nos sete primeiros meses deste ano. O açúcar bruto, por sua vez, caiu 25,1% no período.


ESTIAGEM – O Paraná ficou mais de dois anos em emergência hídrica em razão do baixo volume de chuvas. O primeiro decreto reconhecendo a estiagem severa passou a vigorar em maio de 2020. As precipitações, porém, começaram a ficar irregulares no início de 2019. A situação só começou a ser normalizada no último trimestre de 2021.

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