Levantamento mostra que inadimplência é maior para valores mais baixos;
Mais de 75 mil pessoas deixaram de pagar alguma parcela do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em Ponta Grossa em 2023, de acordo com a Secretaria Municipal da Fazenda. Os valores não recolhidos passam de R$ 14,5 milhões até a parcela três que venceu no mês de maio.
Um levantamento disponibilizado na última semana pela Secretaria da Fazenda analisa o perfil dos inadimplentes por valor e categoria no município. Segundo a pesquisa, dos 75.688 contribuintes que deixaram de pagar o imposto, 75% tinham que pagar até R$ 200 de imposto, um total de 57 mil pessoas.
A pasta avalia que esse valor caberia no orçamento familiar dos contribuintes com imóveis na cidade, já que o parcelamento poderia ser feito em até 10 vezes, somando R$ 20 por mês. O total não arrecadado soma R$ 5,8 milhões.
Segundo o estudo, pouco mais de 15 mil pessoas têm entre R$ 201 e R$ 500 reais a pagar de imposto. Isso representa 20% dos cadastros de contribuintes inadimplentes em um valor superior a R$ 4,4 milhões.
O levantamento aponta também que a soma dos contribuintes que devem acima de R$ 500 representa apenas 5% do total de cadastros inadimplentes, ou seja, 3.654 contribuintes. Isso representa aproximadamente 30% do valor total dos débitos em aberto que se aproximam de R$ 4,2 milhões.
Ao todo, são 2.644 pessoas com imposto entre R$ 500 e R$ 1 mil, 724 entre R$ 1.000,01 e R$ 2 mil e 223 entre R$ 2000,01 e R$ 5 mil. Os inadimplentes com taxas acima de R$ 5 mil são 63 no município.
De acordo com a Secretaria, a Planta Genérica do IPTU está defasada há 24 anos, com valores menores que R$ 200 e mesmo assim algumas pessoas deixam de pagar os impostos. Conforme a pasta, 25% do total é destinado a educação, 22% vai para a saúde e 53% para outras ações do governo.
Para o secretário da Fazenda, Cláudio Grokoviski, se a prefeitura fosse uma empresa, certamente não sobreviveria com uma inadimplência tão alta. O levantamento mostra ainda a inadimplência levando em consideração cada categoria de cadastros.
Os contribuintes que devem pagar impostos de casas ou apartamentos são maioria, com 63.428 inadimplentes, totalizando mais de R$ 10,5 milhões que deixaram de ser pagos. A inadimplência também é alta entre os imóveis cadastrados como comércio. Quase 2 mil contribuintes nessa categoria ainda não fizeram o pagamento do tributo.
Entre as maiores cidades do estado, Ponta Grossa é a que menos cobra o IPTU. Conforme o levantamento, os contribuintes pagam em média R$ 529,75 do imposto no município, enquanto a média de Cascavel é de R$ 582, 58, Maringá R$ 1.386,19 e Londrina R$ 1.465,34.
Com isso, a arrecadação prevista para Ponta Grossa é de R$ 87 milhões, em Cascavel R$ 94 milhões, Maringá R$ 256 milhões e Londrina quase R$ 400 milhões.
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