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  • CBN Ponta Grossa

CPI: Prejuízo na CPS chegou a R$ 21 milhões nos últimos cinco anos

CPI analisa os contratos firmados na companhia, as ações operacionais e o processo administrativo.

Foto: Câmara Municipal de Ponta Grossa

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a situação financeira da Companhia Ponta-grossense de Serviços (CPS) realizou a primeira oitiva nessa quinta-feira (07). O convocado foi Ricardo Martins de Araújo, responsável pela contabilidade da CPS desde julho de 2019.


No depoimento, ele confirmou que o prejuízo acumulado da empresa nos últimos cinco anos chegou a R$ 21 milhões. A CPI foi instalada para investigar a situação financeira da CPS dos últimos quatro anos. O grupo analisa os contratos firmados na companhia, as ações operacionais e o processo administrativo.


A justificativa para abertura da Comissão Parlamentar de Investigação tem como base a extinção da Companhia e a contabilidade apresentada no diário oficial do município que, segundo a CPI, demonstra uma situação desastrosa da administração do órgão.


Durante o depoimento, Ricardo Martins de Araújo explicou que o prejuízo operacional era discutido em reuniões internas e que havia conhecimento do Conselho de Administração da situação contábil da Companhia, o que revela que ela sempre foi deficitária do ponto de vista econômico financeiro.


O responsável pela contabilidade também afirmou que a receita é resultado única e exclusiva da venda dos contratos de asfalto e que diretamente é paga pelos proprietários dos imóveis e pela Prefeitura, através de convênios para fornecimento de materiais.


Conforme Araújo, a prefeitura deve atualmente R$ 8 milhões à Companhia. A CPS era uma empresa de economia mista vinculada a Prefeitura de Ponta Grossa e que foi criada em 2005.


O objetivo da empresa era realizar serviços de pavimentação de ruas mediante planos de pavimentação da Administração direta e indireta. Além de elaborar projetos e serviços técnicos.


Em novembro do ano passado, a administração municipal enviou um projeto de extinção da CPS à Câmara Municipal. A proposta fazia parte de uma reforma administrativa que extinguiu outras autarquias e remodelou secretarias.


A prefeitura sustenta que a existência de uma Companhia para a pavimentação não é mais necessária, já que os projetos atuais são dos governos estadual ou federal. A extinção da CPS foi aprovada pelos vereadores em abril deste ano.


Conforme a gestão, as obras de pavimentação que foram contratadas na CPS continuam no município. A previsão é de que 26 trechos de asfaltos sejam finalizados neste ano e 32 no ano que vem.


Segundo a prefeitura, desde o fim da CPS todos os contratos e obrigações foram assumidos pela administração municipal, que paga por até 60% do valor das obras, seguindo modelo compartilhado adotado na época. Os trabalhos são executados pelas equipes da Secretaria Municipal de Serviços Públicos.


Nesta semana foram entregues mais dois trechos, na terça (05) e quinta (07), ambos na Vila Coronel Cláudio. Mais cinco estão na fase de execução de base e meios-fios e estão previstos para asfaltamento nos próximos dias.


O presidente da CPI na Câmara é o vereador Izaias Salustiano (PSB), a relatora é Joce Canto (PSC) e tem como membros Josi do Coletivo (PSOL), Léo Farmacêutico (PSD) e Ede Pimentel (PSB). Uma nova oitiva está marcada para a próxima quinta-feira (14) e vai ouvir o atual diretor da CPS e o contador anterior da gestão do ano de 2019.

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