Os funcionários protestaram contra o parcelamento de salário do mês de outubro.
Funcionários do transporte coletivo de Ponta Grossa fizeram uma paralisação na manhã desta quinta-feira (07) em todos os terminais da cidade. A paralisação durou cerca de uma hora.
Os manifestantes fecharam as entradas dos terminais às 08h e liberaram às 09h, segundo o sindicato. Os funcionários protestaram contra o parcelamento de salário do mês de outubro.
De acordo com a concessionária responsável pelo transporte coletivo, a Viação Campos Gerais (VCG), o parcelamento foi inevitável neste mês. A empresa informou que a crise é agravada pela tarifa defasada, o alto custo do combustível e os preços dos insumos.
O pagamento da primeira parcela foi feito ontem (06) e a concessionária diz que deve pagar a segunda "o mais rápido possível". A empresa diz ainda que a paralisação reforça ainda mais a crise que o sistema do transporte coletivo vem enfrentando em Ponta Grossa.
Em abril deste ano os trabalhadores entraram em greve devido a salários atrasados. A greve terminou após 46 dias de paralisação com um acordo mediado pela justiça.
Na ocasião, a câmara municipal aprovou um projeto enviado pela prefeitura para indenização à concessionária por causa do lockdown do inicio do ano, quando o transporte coletivo foi proibido de operar na cidade.
O valor da indenização foi de R$ 1.718.363,37 do dinheiro público. Esse dinheiro foi usado para o pagamento dos salários.
Em nota, a VCG reafirmou que o sistema de transporte público continua passando por dificuldades. A empresa afirmou que atualmente possui a prerrogativa legal para fazer o pagamento parcelado dos salários.
A concessionária ressaltou que paralisações, neste momento prejudicam a população, as empresas que compram vale transporte para seus funcionários e também os colaboradores da VCG.
Leia a nota da VCG
O parcelamento dos salários dos trabalhadores da Viação Campos Gerais, que acabou ocasionando uma paralização nos ônibus, provocada pelo sindicato da categoria, reforça ainda mais a crise que o sistema vem enfrentando. As dificuldades acumuladas pela concessionária são óbvias e reiteradamente destacadas ao poder público, responsável pela gestão do serviço. Em que pese a empresa possuir atualmente a prerrogativa legal para fazer o pagamento parcelado dos salários, vinha evitando utilizar desse expediente, mantendo os salários em dia. Infelizmente porém, chegamos a uma situação limite em que apesar dos incansáveis esforços da empresa, o parcelamento foi inevitável. A intenção é que o restante da folha seja pago o mais rápido possível, mas para isso, o serviço precisa ser prestado. Paralizações, neste momento prejudicam a população, as empresas que compram vale transporte para seus funcionários e também os colaboradores da VCG. A empresa mantém o diálogo com todos os envolvidos nessa discussão e trabalha para cumprir com os seus compromissos financeiros.