Greve começou nessa segunda-feira (15); Outras cinco universidades do estado também registram paralisações.
Cerca de 95% dos professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) aderiram à greve que começou nessa segunda-feira (15), segundo o sindicato que representa a categoria. Servidores de outras cinco instituições públicas de ensino superior do estado também paralisaram as atividades.
Os professores pedem a reposição salarial da categoria. Conforme o Sindicato dos docentes (Sinduepg), atualmente a perda acumulada no salário dos professores é de 42%. A greve por tempo indeterminado foi aprovada por unanimidade pelos servidores presentes em uma Assembleia na semana passada.
Conforme o sindicato, no primeiro dia de paralisação, 95% dos servidores que atuam no campus Central da UEPG não foram trabalhar. Já no campus Uvaranas a estimativa do Comando da Greve Docente é de 90% das atividades paralisadas.
Além da UEPG, estão em greve a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). A Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) vai votar deflagração de greve na próxima quarta-feira (17).
Em nota, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) afirmou que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo. A pasta destacou que tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias.
Segundo a Secretaria, a proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários.
A UEPG destacou em nota que ocupa a Presidência da Associação Paranaense de Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp) e atua com os demais reitores desta entidade junto ao Governo do Estado para a aprovação do Plano de Carreiras Universitárias.
A proposta, conforme a UEPG, está em fase avançada de negociação e, se aprovada, deve contemplar demandas históricas dos agentes universitários e professores das universidades.
Já o sindicato que representa os agentes universitários da Instituição publicou nota em que orienta os servidores a não aderirem à greve. De acordo com o Sintespo, a ação pode ser precipitada em meio às negociações com o estado para a reposição salarial.
Uma reunião entre o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI), Aldo Bona, e representantes dos sindicatos deve acontecer nesta quarta-feira (17) às 15h30 em Curitiba.