Intervenção humana pode impactar diversidade de espécies nos Campos Gerais, aponta pesquisa
- CBN Ponta Grossa

- 27 de jan. de 2022
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Desde 2018, um grupo de pesquisadores realiza excursões científicas no Parque Nacional dos Campos Gerais e no Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas.

A intervenções humanas no ecossistema dos Campos Gerais podem impactar na diversidade de espécies de animais encontradas na região. Desde 2018, um grupo de pesquisadores realiza excursões científicas no Parque Nacional dos Campos Gerais e no Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas.
Eles coletam o material biológico em diversos locais no interior e na zona de amortecimento dessas Unidades de Conservação. Espécimes de pequenos roedores e marsupiais são coletados por meio de armadilhas.
Para a captura de morcegos, são utilizadas redes de neblina armadas ao longo de trilhas e realizadas buscas ativas em ocos de árvores e cavidades naturais de rochas.
Em quatro excursões a equipe já identificou 32 espécies de pequenos mamíferos, sendo quinze espécies de morcegos, doze espécies de pequenos roedores e cinco de marsupiais.
O estudo é feito por pesquisadores das universidades federais do Paraná (UFPR) e do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Federal Goiano (IFG).
O monitoramento constatou que os animais sofrem com a fragmentação de seu habitat, trazendo problemas como a endogamia e a falta de recursos.
Entre as 32 espécies encontradas, algumas são comuns na Mata Atlântica como o rato-do-mato e outras são endêmicas dos ambientes campestres, como o rato-focinhudo.
São três grupos de mamíferos estudados, que formam a maior parte da biodiversidade do Brasil.
O projeto também identificou algumas espécies raras e novas ocorrências para a região, como o rato-das-árvores e o morcego-orelhudo, que é ameaçado de extinção, considerado uma das maiores espécies de morcego do Brasil, chegando a ter 57 centímetros de envergadura de asa e quase 100 gramas de peso.
A pesquisa aponta que a criação de espaços protegidos como as Unidades de Conservação pode reduzir os efeitos da fragmentação, mas não dão garantias de perpetuação para as espécies.
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