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  • Ricardo Silveira

Latam Retail Show apresenta o novo papel da liderança no mercado varejista

Pesquisa sobre economia circular e a mudança de perfil dos líderes do varejo são os destaques no segundo dia do evento

(Foto: Assessoria).

Desde o início da pandemia, os hábitos de consumo das pessoas vêm passando por profundas transformações e as varejistas tiveram que se reinventar para continuar operando e crescendo, independentemente do perfil de atuação no mercado. Para o Grupo Gazin, o maior problema foi enfrentar 7 meses e meio de lojas físicas fechadas e restrição de público. Já para a Polishop, o grande desafio era prender ainda mais a atenção dos consumidores em meio a expansão do mercado online.


Nos dois casos acima, o papel da liderança foi fundamental para continuar crescendo nesses momentos delicados vividos pelo setor nos últimos anos. O fundador do Grupo Gazin, Mário Gazin e João Apolinário, presidente fundador da Polishop foram os convidados do Painel ‘Liderança no Admirável Mundo Novo, de Novo’, realizado hoje no segundo dia do Latam Retail Show. Em formato figital, a 7ª edição do evento mais importante de varejo e consumo B2B da América Latina acontece em São Paulo até amanhã, dia 15 de setembro.


O painel, que contou com a mediação do diretor-geral da Gouvêa Ecosystem, Marcos Gouvêa de Souza, trouxe alguns pontos em comum na trajetória das duas empresas. Apesar dos perfis de atuação serem distintos, o Grupo Gazin e a Polishop são líderes no mercado em que atuam e encontraram soluções internas para minimizar os efeitos da pandemia no mercado de varejo: “Ambas são experiências riquíssimas, os dois souberam trabalhar para integrar mais os clientes em seus negócios, encontrando soluções internas e ampliando o leque de mercado”, afirma Marcos.


O que importa é quanto se ganha


Em dezembro de 1966, a história da Gazin começou com uma pequena loja em Douradina, cidade do interior do Paraná, vendendo vários tipos de produtos. Depois de passar por muitas transformações, hoje o Grupo Gazin é formado por empresas de diferentes segmentos de mercado. Para Mário Gazin, o segredo do crescimento está na visão do negócio: “Não podemos ter medo dos grandes mercados, pensamos no nosso negócio e nos lucros, sem se prender ao faturamento. Ficamos paralisados no Acre por mais de 7 meses, mas aproveitamos a pandemia para reformar as lojas e, agora que acabou, estamos prontos para o futuro. A crise faz parte e precisamos deixar de ficar agarrado a pequenas coisas. Nesse ano, vamos crescer acima da expectativa”, afirmou.


A educação também é uma preocupação do líder do conglomerado. O Grupo Gazin possui uma universidade gratuita há 25 anos, com 600 alunos financiados, incluindo funcionários da companhia. Para Mário, a educação presencial faz toda a diferença na formação de líderes corporativos: “O empreendedor nasce pronto, coloca a mão na massa. Eu aprendi a ser líder encostando em alguém, podemos criá-los. Quem faz escola online não aprende como em uma escola normal, a troca de ideias é fundamental e os jovens perderam o jeito de se relacionar. Precisamos pensar na educação, que está muito defasada. Perdemos dois anos e meio na pandemia e vamos demorar para recuperar, mas temos que focar na formação dos jovens brasileiros”.


Lições da vida empresarial


No caso da Polishop, a maior dificuldade para sustentar seu modelo de negócio durante a pandemia foi entender como administrar o relacionamento com o consumidor, diante de todas as mudanças de hábito que ainda estão acontecendo. O presidente da empresa, João Apolinário, acredita que o investimento em lideranças internas foi um ponto determinante para que as empresas conseguissem empreender para sobreviver às mudanças de comportamento dos clientes: “As empresas que não investiram em líderes foram as que não sobreviveram. O próprio consumidor exige e quer saber quem está na frente das empresas, o que antes isso não acontecia. É importante perceber o papel dessas pessoas, e isso passa pelos departamentos e não somente pelo dono, CEO ou presidente. O patrão é obedecido, o líder é seguido”.


Para o executivo, trazer a melhor experiência para o consumidor não se resume apenas no produto, mas também nas pessoas que fazem parte do negócio: “Meu pai era empreendedor, tive a opção de ser apenas um sucessor, mas resolvi empreender e aprendi com os erros e a realidade. Liderança tem a ver com vocação, mas a dedicação e atitude são fundamentais. Meu conselho para quem quer crescer: comece a empreender hoje, na empresa que está hoje. Uso isso como regra de contratação, quero empreendedores ao meu lado. Empreender para não ser mais empregado é um erro”, afirma.


Pesquisa traz cases de experiências internacionais


Seguido do painel com empreendedores brasileiros, a líder da Kiss Retail, Magda Espuga, trouxe dados e cases de sucesso de empresas que aplicam conceitos de economia circular em seus negócios ao redor do mundo, como parte da prévia da pesquisa “Cases Internacionais de Sustentabilidade no Varejo”, apresentada exclusivamente no Latam Retail Show.


“Os recursos não são infinitos, precisamos ter novas regras e regulamentações e abraçar a economia circular. Existem várias ações inspiradoras, temos que achar o caminho correto para o que seria a circularidade, de acordo com as capacidades de cada empresa. Não vale copiar o que o outro está fazendo, é preciso fazer por si próprio”, segundo Magda.


Entre os cases apresentados, destaques para a suíça Texaid, que nasceu como empresa de coleta para reuso de produtos de segunda mão, mas remodelaram seus negócios para buscar soluções de reciclagem aos produtos sem novos destinos e a fabricante sueca de móveis IKEA, que quer se transformar em uma empresa 100% circular até 2030 e que já transformou 45% de seus negócios de reparo, revenda, locação e reabastecimento em iniciativas de economia circular.


A pesquisa fala sobre a influência das questões globais de meio ambiente e das mudanças climáticas e seus impactos no planeta, trazendo casos de economia circular como a solução viável para o desenvolvimento sustentável da economia mundial. “Buscamos em 15 países ao redor do mundo, 52 casos de iniciativas internacionais em perfis e mercados diferentes para servir de inspiração. Precisamos colocar as questões em perspectiva”, afirma a executiva.


Sobre o Latam Retail Show


Nascido em 2015, o Latam Retail Show se tornou, neste período, o mais completo e relevante evento de varejo e consumo da América Latina. Foram mais de 850 horas de conteúdo, 1.200 palestrantes e 50 mil visitantes nos últimos anos.


Sobre a Gouvêa Experience


A Gouvêa Experience é a maior comunidade de debate, educação e inspiração do varejo na América Latina. Por meio dos seus eventos, a Gouvêa atrai e consolida as frentes de opinião de vanguarda sobre o varejo e o consumo no Brasil e no mundo.


A empresa faz parte da Gouvêa Ecosystem, holding composta por 21 empresas dedicadas a apoiar e promover a evolução dos negócios em quatro verticais: Consultoria, Serviços, Solução e Relacionamento. Membro do Ebeltoft Group – consórcio global com 18 empresas de consultoria especializadas em varejo e consumo em 22 países.

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