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  • CBN Ponta Grossa

Ministério Público pede que estado aumente efetivo de policiais civis e militares em Ponta Grossa

Secretaria diz que policiais já estão em treinamento e devem iniciar atividades até dezembro.

A 12ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa entrou com uma ação para que o estado aumente o efetivo de policiais civis e militares na cidade. Conforme as ações civis, o atual efetivo em atuação é insuficiente para atender a macrorregião, composta de 75 municípios.


Ao todo são dois processos ajuizados. Uma das ações pede que 167 novos policiais sejam designados para o 1º Batalhão de Polícia Militar de Ponta Grossa, com o objetivo de ampliar o quadro da unidade para 536 policiais.


O Ministério Público também pediu que o Estado promova o incremento do policiamento ostensivo e preventivo na cidade. Em outra ação, o pedido é para que seja duplicado o atual quadro de investigadores na 13ª Subdivisão Policial, em Ponta Grossa.


A ação pede, ainda, o aumento do quadro de pessoal da Delegacia da Mulher, com a contratação de no mínimo dois delegados de polícia, quatro escrivães, dez investigadores e dois psicólogos.


A Promotoria de Justiça aponta que o contingente atual de policiais que trabalham na Delegacia da Mulher é menor que o de quando a unidade foi criada, em 1986.


Além disso, a partir de levantamento estatístico que embasou o ajuizamento das ações, o Ministério Público verificou que o contingente atual de policiais militares em atuação tem sido obrigado a trabalhar “muito além de sua capacidade e a realizar sobreposição de escalas, com grave prejuízo à saúde mental dos servidores da segurança”.


A Promotoria afirma que “a enorme defasagem do quadro de policiais […] ultrapassa o limite do tolerável”. O Ministério Público reconhece, no entanto, que o problema não pode ser atribuído ao atual Governo do Estado.


Conforme o órgão, trata-se de questão que vem sendo negligenciada há décadas, de forma sucessiva, pelos diversos governadores que geriram o Estado nos últimos 30 anos.


A Promotoria considera que “historicamente, sempre houve uma ‘obsessão’ dos gestores do Estado pela atração de indústrias ao Paraná, mas se esqueceram de que o viés econômico é tão importante quanto o viés social, que pressupõe uma adequação dos serviços prestados pelo Estado, notadamente na seara da segurança pública”.


O Ministério Público justificou a necessidade de aumento do efetivo porque o 1º Batalhão da Polícia Militar de Ponta Grossa possui atuação em sete municípios dos Campos Gerais que, juntos, possuem área de 10,9 mil km² e 564 mil habitantes, um contingente populacional que supera o de algumas capitais brasileiras.


Em nota, a Polícia Militar do Paraná disse que não foi notificada sobre a ação judicial, mas ressalta que com a formação de 2.600 policiais militares, o efetivo será reforçado em todo o Estado. A previsão é que esses novos policiais iniciem as atividades a partir de dezembro de 2022.


A CBN entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública do Paraná que afirmou não ter sido notificada sobre a ação judicial e também ressaltou a formação de três mil novos policiais civis e militares até dezembro.

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