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  • CBN Ponta Grossa

Nova concessão do transporte coletivo de Ponta Grossa deve ser de 20 anos, define prefeitura

Prazo de concessão, conforme o município, é importante para a diluição dos custos e pode diminuir o impacto na tarifa. Minuta do edital foi divulgada nesta sexta-feira (27).

Foto: Prefeitura de Ponta Grossa

A licitação da nova concessão do transporte coletivo de Ponta Grossa deve ser feita em forma de concorrência pública com a menor tarifa de remuneração, ou seja, vence quem ofertar o menor valor por quilômetro.


A minuta do edital foi divulgada pela prefeitura nesta sexta-feira (27). Conforme a administração, o documento é preliminar e traz informações sobre a articulação e funcionamento do serviço.


A discussão do novo contrato começou em 2021 quando uma comissão foi criada para coordenar a formatação do projeto. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) foi contratada para auxiliar no processo.


Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Planejamento, a minuta do edital prevê a realização de uma concorrência pública e o critério de julgamento deve ser a menor tarifa de remuneração, ou seja, vence quem ofertar o menor valor por quilômetro.


O projeto é dividido em dois lotes com período de 20 anos de concessão sem a possibilidade de renovação. A expectativa da gestão é diminuir o valor da tarifa e incluir ônibus elétricos, frota com ar-condicionado e wi-fi, além de disponibilizar transporte rural e de operação com bilhetagem 100% eletrônica.


O projeto ainda deve passar por discussões com a população. Uma consulta pública on-line finalizada no dia 09 de janeiro apontou que mais de 60% dos passageiros utilizam o serviço mais de cinco dias por semana em Ponta Grossa.


O levantamento teve a participação de 448 pessoas e envolvia 13 perguntas objetivas. Entre os temas abordados constavam a periodicidade do uso do transporte, modalidades de pagamento, utilização de terminais e PLR´s, utilização de veículos menos poluentes e criação de vias preferenciais e exclusivas para o transporte coletivo.


Quase 30% responderam que utilizam o ônibus para trabalhar, 19% para estudar e 15% lazer. Também foram citados compras e saúde.


De acordo com o levantamento, 39% da população disse utilizar transporte por aplicativo caso não haja ônibus. Outras 27% vão a pé para o destino e 16% com carro próprio. Nesse caso, também foi citado o uso de taxi e motocicletas.


Audiências públicas também estão previstas para debater o tema com a população. A primeira está marcada para o dia 10 de fevereiro às 16h, no Centro de Educação Ambiental do Lago de Olarias.


A administração decidiu que a concessão do transporte público deve durar 20 anos. Segundo a prefeitura, o período é o mais adequado ao projetar a incorporação de veículos elétricos à frota e implantar tecnologias.


Também levou em conta a alteração de matriz energética com a necessidade de mais investimentos quando comparado aos custos de veículos à combustão. O prazo de concessão, conforme o município, é importante para a diluição dos custos e pode diminuir o impacto na tarifa.


A previsão de um projeto em dois lotes considerou o número de ônibus, linhas, terminais e usuários. Conforme a administração, a criação de novas linhas deverá ser solicitada pela prefeitura e cumprida pelo concessionário.


Já a bilhetagem 100% eletrônica tem o objetivo de trazer mais segurança para os trabalhadores e usuários do sistema ao diminuir risco de assalto. Além disso, o projeto deve adotar a tecnologia embarcada que permite a implantação gradativa de novas modalidades de pagamento como o PIX.


A tecnologia também acompanha em tempo real o ônibus com previsão de embarque, acesso ao número de usuários diários no sistema, implantação de wi-fi nos ônibus e, principalmente, fiscalização efetiva do usuário quanto à prestação do serviço.


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