Pesquisa do CDEPG aponta preocupação com postos de trabalho
- CBN Ponta Grossa

- 15 de jun. de 2020
- 2 min de leitura

As demissões e a queda nas admissões foram dados preocupantes levantados na 2ª etapa da pesquisa realizada pela Câmara Técnica Permanente de Comércio e Serviços, do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG) em parceria com o Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (Nerepp), do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), entre os dias 19 e 28 de maio e que contou com 273 questionários respondidos por empresários da cidade. Políticas públicas devem ser reavaliadas para evitar um impacto maior na economia nos próximos meses.
De acordo com a pesquisa, cerca de 51% dos estabelecimentos demitiram algum funcionário, em que, a média foi de 4.2 empregos, o dobro do que foi registrado na 1ª edição da pesquisa do CDEPG, no mês de abril, que apontou 2.1 empregos perdidos no período. O preocupante é, pois o estudo registrou uma das empresas que afirmou ter demitido 240 empregados.
De maneira geral, correlacionando o faturamento versus o emprego, identifica-se que uma boa parte das empresas estão iniciando um processo de recuperar parcialmente suas receitas, mas o efeito no nível de mão-de-obra empregada não é sentido. O estudo aponta as empresas que tiveram as maiores quedas do faturamento foram as que tiveram o maior percentual de estabelecimentos com alguma demissão como os segmentos do turismo, hotelaria, atrativos, transporte de pessoas, as quais tiveram
100% dos seus estabelecimentos com alguma demissão. “Novamente, os estabelecimentos do transporte de cargas, setor considerado essencial nesse período, foi o único setor que não registrou nenhum estabelecimento com demissão”, disse Augusta.
Agência do Trabalhador em Ponta Grossa
O diretor da Agência do Trabalhador de Ponta Grossa, John Elvis Ramalho comenta que a procura do benefício do Seguro Desemprego está constante, mas não tão diferente do que em abril. Porém, ele admite que a queda na captação de vagas foi expressiva, pois a média era de 500 vagas oferecidas por mês, chegando a registrar até 700 vagas disponíveis. “No início de março, chegamos a oferecer num único dia, 200 vagas de emprego. Com a Agência fechada em abril, foram cerca de 190 vagas e agora está perto de 300 vagas ofertadas”, conta.
Preocupação com o mês de agosto
do dois meses. Após esse prazo, esses funcionários terão estabilidade de mais dois meses, que terminará em julho. “No começo de agosto a maioria dos empregados estará sem estabilidade em empresas com baixo faturamento, que gera um risco elevadíssimo de demissões em massa, que por sua vez geraria uma recessão profunda e duradoura. Esse é o prazo para ações governamentais e institucionais gerarem uma melhora real nos comércios e serviços. Além disso, a pesquisa demonstrou que o mês de agosto foi indicado por grande parte das empresas como o seu limite de operação na situação atual”, finaliza Platek.
Durante o decorrer desta semana, o CDEPG, através da Câmara Técnica Permanente de Comércio e Serviços divulgará de maneira mais detalhada os dados sobre a pesquisa. O Relatório da pesquisa sobre os impactos da Covid-19 na economia e os impactos na indústria em Ponta Grossa estão disponíveis nos endereços:
Relatório comércio e serviços :
Impactos na indústria:








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