Projeto da UEPG previne amputações e desenvolve pesquisas
- CBN Ponta Grossa

- 17 de set.
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Pacientes do Hospital Universitário de Ponta Grossa recebem atendimentos voltados à prevenção de amputações de pernas e pés por meio de um projeto que une pesquisa e extensão da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O trabalho reúne alunos, professores e profissionais no cuidado de pessoas com doenças vasculares, oferecendo orientações e acompanhamento em saúde.

O projeto, chamado “Confiabilidade da Avaliação Remota das Úlceras de pé diabético através de imagens de dispositivos móveis e classificação WIfI”, também coleta dados que no futuro vão contribuir para o desenvolvimento de ferramentas de telemedicina. O foco são pacientes com patologias vasculares crônicas, como diabetes, colesterol, doença arterial obstrutiva e tabagismo. Segundo o coordenador, professor Ricardo Zanetti, o objetivo principal é salvar pernas e pés dos pacientes. Ele explica que o trabalho envolve orientações sobre dieta, exercícios físicos e terapia medicamentosa, oferecidas antes ou depois da consulta, até mesmo nas salas de espera.
As atividades são realizadas por equipes multiprofissionais, com a participação de estudantes de Medicina, Enfermagem, Psicologia e Serviço Social, desde os primeiros anos da graduação até o pós-doutorado. A aluna de Medicina Jessica Fernanda Moreira da Costa afirma que a prática amplia o aprendizado além da teoria. Já o estudante de Medicina Thomás Garcia Miranda Santos destaca que os atendimentos permitem contato direto com pacientes e reforçam os conhecimentos. Nos ambulatórios, os alunos avaliam os pacientes, registram informações, analisam comorbidades e fazem fotografias de pernas e pés, que são incorporadas às pesquisas da pós-graduação.
O atendimento também alcança pessoas que já apresentam feridas em pernas e pés. Zanetti explica que as ações são acompanhadas de coleta de dados, transformados em pesquisas. A aluna de mestrado Mariana Emanuela Borges, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, desenvolve estudo para identificar riscos de amputação a partir de fotografias de pacientes. Ela explica que a pesquisa busca integrar a telemedicina e verificar se as avaliações feitas presencialmente são compatíveis com as realizadas de forma remota, com imagens enviadas pelos pacientes.
A coleta de dados começou em maio de 2025. O planejamento prevê a criação de aplicativos de telemedicina e sistemas de inteligência artificial para análise das informações enviadas pelos pacientes. Segundo Mariana, a expectativa é que os resultados otimizem os atendimentos a distância, direcionando os pacientes ao cuidado mais adequado.
Com 13 anos de existência, o projeto vem sendo fortalecido com a chegada de bolsistas da pós-graduação. Para o coordenador Ricardo Zanetti, a iniciativa evoluiu da prática médica isolada para o trabalho multiprofissional, unindo ensino, extensão e pesquisa em benefício da comunidade e dos alunos.








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