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  • CBN Ponta Grossa

Quem é Celso Cieslak, vereador afastado do cargo por determinação da Justiça em PG?

No mês passado, vereador afastado foi eleito como corregedor geral da Câmara, cargo responsável por manter a dignidade do mandato parlamentar e receber denúncias contra vereadores.

Foto: Câmara Municipal de Ponta Grossa

Celso Cieslak, de 65 anos, está no segundo mandato como vereador de Ponta Grossa e assumiu a vaga no lugar do ex-vereador Valtão em junho de 2021. O político é Policial Civil, formado em direito e pós-graduado em Gestão Pública e atuou como delegado e superintendente da 13ª subdivisão policial.


Nessa terça-feira, ele foi afastado do mandato por determinação da Justiça e teve o gabinete e a residência alvo de mandado de busca e apreensão. Cieslak começou a carreira política ao se filiar ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) e concorrer nas eleições municipais de 2016.


Na época, ele declarou R$ 420 mil em bens. Com 928 votos, ficou com a última das 23 vagas disponíveis e o único eleito com menos de mil votos em Ponta Grossa.


Cieslak é casado e tem uma filha. De acordo com a descrição no site d Câmara Municipal, como vereador defende bandeiras de Segurança Pública, Infraestrutura, Saúde e Meio Ambiente. Em 2020, se candidatou para o segundo mandato em Ponta Grossa e foi eleito suplente com 699 votos.


Durante a campanha, declarou R$871 mil em bens, número 107% superior ao declarado na eleição anterior. Mesmo não sendo reeleito, foi nomeado pela prefeita Elizabeth Schmidt como presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) em 2021.


Celso Cieslak ficou no comando da Autarquia por cinco meses e assumiu o mandato como parlamentar após a renúncia do ex-vereador Valtão em maio de 2021. Valtão deixou o cargo por ser alvo de um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar.


O então vereador respondia um processo criminal por suspeita de ter recebido vantagem indevida quando era relator da CPI que investigou o contrato entre a empresa do EstaR Digital e a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte.


Na época, ele estava em prisão domiciliar e assumiu o mandato quarto mandato com autorização da justiça. Em setembro do ano passado, parte das provas obtidas na Operação que resultou no processo contra Valtão foram anuladas e a justiça rejeitou a denúncia do Ministério Público.


Celso Cieslak assumiu a vaga de Valtão participou de 34 sessões em 2021. Em 2022 teve 75 presenças e faltou a três sessões e neste ano participou de 19 e faltou a uma sessão. No ano passado, foi presidente da CPI que investigou a saúde em Ponta Grossa.


Atualmente, integra as comissões de Finanças, Orçamento e Fiscalização e Educação, Cultura e Esporte. No mês passado, o parlamentar foi eleito corregedor geral da Câmara. Entre as atribuições previstas no regimento está zelar pela preservação da dignidade do mandato parlamentar e pela observância aos preceitos de ética e decoro parlamentar.


Cabe ao corregedor receber denúncias contra vereadores por prática de ato atentatório ao decoro e à ética parlamentar e instruir os respectivos processos e proceder à aplicação da sanção.


Nessa terça-feira (06) o gabinete e a residência de Cieslak (PRTB) foram alvos de um mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (06), em Ponta Grossa. A 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa também determinou o afastamento do mandato do parlamentar.


As investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apuram a existência de uma organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


De acordo com o Ministério Público, 19 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Ponta Grossa, Palmeira, Lapa, Curitiba, Guaratuba e Balneário Camboriú (SC). A operação foi batizada de Pactum.


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