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  • CBN Ponta Grossa

Secretaria avalia danos em praça ocupada por manifestantes em PG; Local passa por revitalização

Praça da Catedral foi utilizada por manifestantes bolsonaristas nos últimos dois meses; Grupo deixou local no domingo após posse de Lula;


O grupo de manifestantes bolsonaristas que acampava na Praça Marechal Floriano Peixoto, no centro de Ponta Grossa, deixou o local no último domingo (1º) com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Eles estavam acampados desde o resultado do segundo turno das Eleições de 2022, há dois meses. A praça fica em frente à Catedral de Ponta Grossa e ao Quartel General da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, do Exército Brasileiro.


Os manifestantes não aceitaram a vitória de Lula e pediam ajuda dos militares para barrar a posse do petista. Além das barracas montadas na praça, cartazes com pedidos de “intervenção federal” e “intervenção militar” foram fixados nas árvores e monumentos do local. Banheiros químicos também foram instalados.


Com a saída dos manifestantes, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente iniciou uma revitalização na praça, considerada um patrimônio histórico. Técnicos avaliaram os estragos no gramado e nas calçadas.


A presença de manifestantes gerou preocupação em setores ligados ao patrimônio cultural. Em novembro, a Secretaria Municipal de Cultura apontou risco de danos ao patrimônio com a fixação de faixas e cartazes e o uso das calçadas para estacionamento e pediu que a prefeitura fiscalizasse os atos.


A Praça Marechal Floriano Peixoto é tombada como um patrimônio cultural do município. O documento da Secretaria diz que a pasta e o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (COMPAC) receberam diversas reclamações quanto ao uso da Praça durante o período de manifestações.


A Secretaria afirmou, na época, que indiferente das questões sociais e políticas era preciso colaboração das secretarias para a fiscalização do local. O documento foi enviado para as secretarias de Cidadania e Segurança Pública, de Meio Ambiente e de Infraestrutura e Planejamento.


Entre os pontos de preocupação estava o uso da praça para estacionamento de veículos. A secretaria destacou que o pavimento em petit pavê e os elementos arquitetônicos poderiam ser danificados.


Além disso, a pasta pontuou que os monumentos do Marco Zero e do Sesquicentenário e os pórticos de entrada eram utilizados para a fixação de faixas e bandeiras. Outra preocupação foi com a instalação de tendas, barracas e sanitários móveis.


A secretaria ainda ressaltou que existia o risco ao dano no paisagismo do local, componente do processo de tombamento. A pasta disse que a lei que prevê o patrimônio cultural não permite o acréscimo de elementos permanentes ou provisórios no local sem a autorização prévia do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (COMPAC).


Na época, a Secretaria de Meio Ambiente afirmou que o local seria arrumado após o término das manifestações na praça. As equipes começaram a revitalização na segunda-feira.


O acampamento na praça repercutiu na cidade durante os últimos meses. Um funcionário da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais da UEPG afirmou ter sido agredido pelos bolsonaristas enquanto filmava as ações dos manifestantes.


Um casamento entre dois participantes do acampamento também foi feito na praça. Em outra ocasião, uma peça do Festival Nacional de Teatro (Fenata) teve que ser alterada para a Biblioteca Municipal, em Olarias.


Além disso, motoristas reclamavam das vias bloqueadas em alguns momentos. Com o fim do acampamento, o vereador Geraldo Stocco (PV) afirmou que vai enviar um ofício para que a prefeitura identifique os responsáveis e faça com que o grupo arque com os danos causados ao espaço.


O parlamentar diz que o local teve a grama danificada e que os decks eram utilizados somente pelos manifestantes.


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