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  • CBN Ponta Grossa

Servidora do DER e outras duas pessoas são denunciadas por corrupção em Guarapuava

Os três são investigados na Operação Fora de Área, que apura a atuação de organização criminosa a partir de contratos mantidos pela autarquia estadual.

Foto: Ministério Público

O Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia criminal contra uma servidora pública do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) de Guarapuava por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.


De acordo com o Ministério Público, foram denunciados também o marido da servidora e um empresário. Os crimes teriam sido praticados por 63 vezes. Os três são investigados na Operação Fora de Área, que apura a atuação de organização criminosa a partir de contratos mantidos pela autarquia estadual.


A ação penal, que tramita na 2ª Vara Criminal de Guarapuava, foi proposta pelos Núcleos de Guarapuava do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).


Na denúncia, o Ministério Público relata que o empresário fez 63 transferências de sua própria conta ou da sua empresa para a conta de uma empresa de fachada vinculada ao marido da servidora. As transferências foram feitas entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018.


Conforme o Ministério Público, os valores somaram mais de um milhão de reais. A partir do ingresso na conta da empresa de fachada, as quantias eram transferidas para outras contas bancárias controladas pelo marido da servidora e utilizados na empresa ativa da família e para a compra de veículo e imóveis.


A mulher foi designada em junho de 2012 para fiscalizar um contrato entre o DER e uma empresa de Guarapuava de prestação de serviços de conservação de 277 km de rodovias estaduais.


Esse contrato teve quatro aditivos entre 2012 e 2018 e valor superior a R$ 9 milhões. A função da servidora era de averiguar a efetiva realização dos serviços nas rodovias e elaborar um relatório por mês.


As investigações apontaram que ela recebia diárias, mas não se deslocava até o local para a fiscalização. A Operação Fora de Área foi deflagrada no dia 27 de julho com 18 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão.


As prisões preventivas foram revogadas. Em nota, o DER afirmou que a servidora está afastada cautelarmente de suas atividades. O departamento instaurou Comissão de Sindicância para apurar os fatos relativos a possíveis irregularidades cometidas pela servidora.


Conforme a nota, o DER/PR reitera que não é uma das partes investigadas, e que permanece colaborando com as autoridades competentes buscando o esclarecimento quanto ao ocorrido.

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