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  • CBN Ponta Grossa

STJD decide afastar Paulo Sérgio do futebol por 720 dias e absolve Allan Godói por falta de provas

Zagueiros do Operário são denunciados pelo Ministério Público de Goiás por participação em esquema de manipulação de resultados e estão afastados do clube por determinação da procuradoria do STJD.

O zagueiro do Operário Ferroviário Esporte Clube, Paulo Sérgio, foi condenado a 720 dias de afastamento do futebol e multa de R$ 70 mil pelos auditores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).


O jogador foi um dos denunciados pela Procuradoria do STJD no caso de manipulação de resultados de jogos em esquemas de apostas. O julgamento de cinco atletas aconteceu nessa terça-feira (06) na 5ª Comissão Disciplinar do STJD. Cabe recurso ao Pleno do tribunal.


Os atletas do Operário Paulo Sérgio e Allan Godói estão suspensos preventivamente por trinta dias diante das denúncias da procuradoria. Godói foi absolvido pelos auditores por falta de provas. Paulo Sérgio Marques Corrêa foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás na segunda fase da Operação Penalidade Máxima.


A investigação constatou a existência de uma organização criminosa especializada em corromper atletas profissionais para manipulação de resultados e eventos relacionados a jogos de campeonatos de futebol.


O jogador atuava pelo Sampaio Corrêa no ano passado e foi contratado neste ano pelo Operário Ferroviário, em Ponta Grossa. Segundo a denúncia, o valor do esquema teria sido pago na conta do atleta.


O MP incluiu prints de um grupo de mensagens em que os atletas conversam sobre o assunto. Em depoimento, ele negou o crime e disse que o dinheiro era de jogos de pôquer. Afirmou, ainda que não lembrava de participar de um grupo de mensagens com outros atletas que debatia sobre as apostas.


De acordo com o Ministério Público, depois que o pênalti foi marcado, Paulo Sérgio e outros dois jogadores do Sampaio Corrêa começaram a cobrar os apostadores. Durante o depoimento nessa terça-feira, o zagueiro disse que não estava em campo na partida investigada e negou a participação no esquema.


Já o zagueiro Allan Godoi foi denunciado pelo Ministério Público também na segunda fase da operação. O jogador atuava no Sampaio Corrêa, do Maranhão e foi desligado do clube para se defender das acusações.


Ele foi contratado pelo Operário em abril para reforçar o sistema defensivo do clube no Campeonato Brasileiro da Série C. Conforme a denúncia do Ministério Público, Godói era integrante de um grupo de mensagens com outros quatro jogadores do Sampaio Corrêa em que se debatia a expectativa de recebimento de valores e a forma de cobrança após as fraudes.


Segundo o Ministério Público, os cinco aceitaram vantagem indevida para alterar o resultado do jogo entre Sampaio Corrêa e Londrina em novembro de 2022. Eles receberiam dinheiro para cometer um pênalti no primeiro tempo do jogo.


Os cinco atletas ex-Sampaio Correa foram denunciados pela procuradoria do STJD em quatro artigos. Entre eles deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento do regulamento, dar ou prometer vantagem indevida para influenciar o resultado de uma partida, atuar deliberadamente para prejudicar a própria equipe e atuar de forma contrária à ética desportiva.


Os auditores do tribunal decidiram banir o atacante Ygor Catatau, que atualmente está no Sepahan (Irã). Além disso, o lateral Mateusinho, que está no Cuiabá (MT) foi condenado a 720 dias de afastamento e R$ 50 mil de multa, o volante André Queixo, que hoje joga no Nam Dinh (Iraque) deve pagar multa de R$ 50 mil.


O zagueiro do Operário Allan Godói foi absolvido pela Comissão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva porque os auditores consideraram as provas contra ele insuficientes para apontá-lo como participante de suposto esquema.


No entanto, como foram denunciados pelo Ministério Público, o processo contra os atletas continua ainda sem conclusão. O Operário Ferroviário não vai se manifestar.


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