Um mês após ataque a Guarapuava, Polícia Militar do Paraná teve que reorganizar táticas de segurança
- CBN Ponta Grossa

- 17 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
Tentativa de assalto completa um mês nesta terça-feira (17).

Era 22h21 do dia 17 de abril de 2022, três policiais do pelotão de choque saíam do 16º Batalhão da Polícia Militar para o patrulhamento de rotina.
Assim que o portão foi aberto, a viatura foi alvejada por criminosos. Dois policiais foram atingidos e um escapou porque a bala atingiu seu celular. O alerta de ataque foi acionado às 22h23.
Às 22h35 os ataques ao batalhão acabaram, mas em cinco minutos os bandidos chegavam à sede de uma transportadora de valores do município. Era uma tentativa de assalto.
O ataque completa um mês nesta terça-feira (17). A madrugada daquele dia foi intensa para os moradores, que registraram os sons das rajadas de metralhadoras e fuzis.
O primeiro confronto entre a Polícia e os criminosos foi registrado às 22h42. Depois das 23h, a corporação começou a bloquear pontos da cidade para evitar a fuga dos bandidos.
Nesse momento, policiais de folga se organizaram para auxiliar no combate a tentativa de assalto. Era 0h10, os blindados do Exército Brasileiro iniciaram manobras na cidade.
Os cerca de 30 criminosos fugiram às 0h17. Outros quatro confrontos foram registrados na zona rural da cidade, mas nenhum bandido foi capturado. Os criminosos fugiram sem levar nada.
Um mês depois, apenas três suspeitos estão presos em Guarapuava, mas não tiveram a participação no ataque confirmada. Conforme a Polícia Militar, outros cinco suspeitos foram mortos em confronto com a polícia.
Segundo a Polícia Militar, os criminosos fazem parte de grupos articulados diferente de uma organização criminosa porque têm ligações não duradouras. Depois do ataque eles não ficaram no Paraná, o que sinaliza que são de outras regiões do país.
O tipo da abordagem com cerco à cidade, ataques explosivos e uso de moradores como escudo humano é conhecido como novo cangaço. A ação repete um padrão já visto em em Criciúma, Santa Catarina, e em Araçatuba, no estado de São Paulo.
Na manhã seguinte ao ataque, o então Secretário de Segurança Pública do Paraná, coronel Romulo Marinho Soares, foi a Guarapuava e afirmou que um plano de contingência foi colocado em prática.
No entanto, policiais militares contestaram a afirmação. Na mesma semana, o comando do Batalhão foi trocado. Dez dias depois, Romulo Marinho deixou a secretaria.
A Polícia Civil é responsável pelas investigações e apura os crimes de latrocínios tentados, ou seja, roubo com tentativa de morte, porte de armas de uso exclusivo das forças armadas, disparo de arma de fogo e organização criminosa.
Outro homem preso em São Paulo também é suspeito de ter participado do ataque. Uma semana depois de ser atingido, um dos policiais morreu no hospital. Segundo o comandante da PM, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, desde então a dinâmica para evitar esse tipo de ataque mudou.
Além de reforços, o comandante afirmou que treinamentos são feitos em todo o estado e reuniões com os representantes das transportadoras de valores foram realizadas para instrução.
Um mês depois, o novo cangaço segue como uma ameaça às cidades brasileiras. O avanço da criminalidade assusta a população, principalmente com o uso de armas de grosso calibre a planejamento.
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