Investigações concluíram que o casal atraiu a vítima para o carro onde a teriam matado.
O Tribunal do Júri de Ponta Grossa condenou uma mulher a 20 anos e seis meses de reclusão pelo crime de homicídio duplamente qualificado. O caso foi julgado nessa quarta-feira (10).
Ela foi acusada do assassinado da empresária Marlene Paula Acacio no final de 2020. De acordo com a denúncia, o crime foi cometido com o marido que já foi condenado em fevereiro deste ano.
De acordo com o Ministério Público, José Messias Paulino e Vanderleia Vieira mataram a empresária no dia 17 de dezembro de 2020. A última imagem de Marlene viva foi registrada por câmeras de segurança no centro de Ponta Grossa.
O vídeo mostra a vítima entrando em um carro. A Justiça aponta que o veículo era de José Messias Paulino. O corpo de Marlene só foi encontrado quase um mês depois do crime, no dia 5 de março de 2021, no Distrito de Uvaia.
O casal prestou depoimento e disseram que teriam deixado a vítima na casa de um ex-namorado. A versão foi desmentida pela justiça.
Segundo a investigação, a empresária auxiliou o casal no roubo de um cofre no dia da morte. O cofre era do genro de Marlene, mas estava guardado na casa de um primo dele. A Justiça cita ainda um vídeo em que Marlene e Vanderleia conversam sobre o roubo do objeto durante o café da manhã.
As investigações concluíram que o casal atraiu a vítima para o carro onde a teriam matado. Em seguida, teriam ocultado o cadáver.
O Conselho de Sentença acatou todas as teses apresentadas pelo Ministério Público e considerou as qualificadoras de crime cometido à traição e para assegurar a impunidade de outro crime e também o delito de ocultação de cadáver.
A ré recebeu pena de 20 anos e seis meses de reclusão em regime inicial fechado. Ela está presa preventivamente e não poderá recorrer em liberdade. O marido e cúmplice foi julgado em fevereiro e recebeu pena de 20 anos e dois meses de reclusão.