Entidade afirma que defasagem dos voos pode "interromper um ciclo de prosperidade” no município.
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) publicou uma nota nessa segunda-feira (03) em que pede o aumento do número de voos no Aeroporto Sant’ana, em Ponta Grossa. O documento é assinado pela presidente da entidade, Giorgia Bin Bochenek, diretores e associados.
Na nota, a Associação manifesta preocupação com a atual estrutura aeroviária do município e afirma que a atual malha aérea que compreende o município é insuficiente, sendo mais que necessário e urgente uma ampliação do número de voos partindo do município dos Campos Gerais.
De acordo com a ACIPG, os números mais recentes do Censo comprovam que Ponta Grossa é um dos maiores centros urbanos do Paraná, e os dados econômicos divulgados ao longo dos últimos meses reforçam que o município tem uma das economias mais fortes da região Sul do país.
A nota destaca que é inadmissível que somente uma linha aérea opere na cidade. A única rota comercial feita na cidade é diária entre Campinas, em São Paulo, e Ponta Grossa. Ainda não há expectativa para a retomada dos voos para Guarulhos e outros destinos.
Somente no ano passado, o Aeroporto Sant’Ana registrou o trânsito de mais de 22 mil passageiros, um aumento de cerca de 1000% em comparação com 2021, quando os voos comerciais estavam suspensos devido à pandemia da Covid-19.
Conforme os dados repassados pela prefeitura a pedido da CBN, 11.523 pessoas embarcaram no aeroporto em 2022 e 10.953 desembarcaram. Ao longo do ano foram 223 pousos e 223 decolagens. No primeiro trimestre deste ano, 47 aviões pousaram e decolaram em Ponta Grossa com o embarque de 2.304 e desembarque de 2.339 passageiros. O índice foi maior do registrado no mesmo período do ano passado.
De janeiro a março de 2022 foram 46 pousos e decolagens com 2.181 embarques e 2.055 desembarques. Além dos voos comerciais da rota Ponta Grossa Campinas, a unidade fica aberta para voos particulares.
Em nota, a ACIPG ressalta que municípios de porte semelhante possuem mais opções de destinos e companhias aéreas disponíveis. A necessidade de mais voos, segundo a entidade, é explicada pelo polo turístico e econômico.
De acordo com a Associação, para ampliar a malha aérea é necessário melhorar a infraestrutura, oferecendo um aeroporto maior, mais eficiente e com estrutura adequada ao seu poderio econômico. Um dos maiores polos econômicos do Brasil necessita um aeroporto que seja adequado à estrutura do restante do município, destaca a nota.
Conforme o documento, não é admissível que o município esteja a tanto tempo tão defasado neste aspecto. A nota ressalta que é preciso uma união de esforços, e sobretudo uma força-tarefa do poder público, em diferentes esferas.
A ACIPG ainda reforça que o município precisa de um aeroporto maior, melhor, mais eficiente, urgentemente. Caso contrário, a cidade corre o risco de “interromper um ciclo de prosperidade”.
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