A mulher, de 30 anos, foi presa no último sábado (27) depois de ficar com os corpos das crianças por cerca de 15 dias dentro do apartamento.
A Justiça decretou a prisão preventiva da mulher suspeita de matar os dois filhos em Guarapuava, na região central do Paraná. De acordo com a decisão, assinada nessa segunda-feira (29), ela deve ficar presa para assegurar a aplicação da lei penal, já que poderia interferir na produção de provas necessárias para a investigação.
A mulher, de 30 anos, foi presa no último sábado (27) depois de ficar com os corpos das crianças por cerca de 15 dias dentro do apartamento. Segundo a Polícia Civil, no momento da prisão ela confessou o crime, mas durante o depoimento permaneceu em silêncio.
A delegada responsável pelo caso afirmou que o menino de três anos foi asfixiado por um travesseiro e a menina, de 10 anos, foi enforcada com um cachecol depois de receber um calmante. A mulher também disse à Polícia que tentou tirar a própria vida de diversas formas, mas não conseguiu.
A Polícia Civil investiga o caso e suspeita que a menina teria sido mantida viva junto ao cadáver do irmão por quatro dias. Segundo os relatos, a mulher teria matado o filho no dia 13 e a filha no dia 17 de agosto.
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (30), a delegada Ana Hass disse que os laudos periciais podem comprovar a suspeita. A mulher deve ser indiciada pelos crimes de duplo homicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.
Mas se ficar comprovado que a criança foi mantida junto ao cadáver, ela pode responder também por tortura e cárcere privado. Segundo a delegada, a mãe levou uma vida normal depois de matar os filhos, inclusive trabalhando em casa.
A delegada também contou que a mulher escreveu duas cartas para tentar criar justificativas para o crime. A versão de surto foi descartada no inquérito e a Polícia Civil não vai pedir um laudo psiquiátrico. Segundo o inquérito, existe suspeita de o crime ter sido premeditado.
O inquérito aponta, ainda, que o menino de três anos ficava em casa com a mãe e a menina, de 10 anos, frequentava a escola. A instituição sentiu falta dela e ligou para a mãe, que justificou que a menina estava doente. A mulher deu a mesma desculpa ao porteiro e não atendeu aos telefonemas do motorista da van.
O inquérito deve ser finalizado na semana que vem. Até agora foram ouvidos a suspeita do crime e o pai do menino. Os professores da escola e o porteiro também devem prestar depoimentos.
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