top of page
  • CBN Ponta Grossa

Justiça investiga participação de jogador do Operário em possível esquema de apostas

Segundo denúncia do Ministério Público, Paulo Sérgio Marques Corrêa estaria envolvido no esquema enquanto jogava pelo Sampaio Corrêa no ano passado.

Foto: Reprodução

Os investigados em um esquema que fraudava resultados de jogos do Campeonato Brasileiro da Série B se tornaram réus depois que a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público. Ao todo, oito jogadores e mais seis integrantes de um "núcleo de apostadores" foram denunciados por corrupção em competições esportivas.


Entre eles, o zagueiro Paulo Sérgio Marques Corrêa, atualmente contratado pelo Operário Ferroviário Esporte Clube, em Ponta Grossa.


A investigação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Goiás e começou a partir de indícios da prática de corrupção esportiva apresentados pelo presidente do Vila Nova Futebol Clube, um dos times envolvidos e que teria sido vítima do esquema.


Ele apontou evidências de crimes cometidos por Bruno Lopez com manipulação dos resultados das partidas entre Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Corrêa x Londrina com o objetivo de beneficiar apostadores.


Conforme as investigações, Bruno realizou tratativas com o jogador do Vila Nova Romário para que organizasse e providenciasse um pênalti de sua equipe no primeiro tempo da partida que ainda seria realizada com o Sport Club Recife.


Ele teria negociado com outros dois atletas, um do Sampaio Corrêa Futebol Clube e outro da Tombense Futebol Clube para pênaltis no primeiro tempo das partidas entre Sampaio Corrêa x Londrina e Tombense x Criciúma, o que de fato ocorreu. A ocorrência das penalidades favoreceria alguns apostadores.


A Operação Penalidade Máxima constatou a existência de uma organização criminosa especializada em corromper atletas profissionais para manipulação de resultados e eventos relacionados a jogos de campeonatos de futebol.


De acordo com a denúncia do Ministério Público, os jogadores recebiam um “sinal” de R$ 10 mil para provocar um pênalti no primeiro tempo dos jogos. Se o pênalti fosse marcado, os atletas recebiam cerca de R$ 150 mil.


Os jogos eram selecionados previamente e além do pênalti, a manipulação também afetava cartões amarelos ou vermelhos em determinada etapa da partida e diferença de gols no primeiro tempo. O objetivo era fazer com que os envolvidos lucrassem em sites de apostas.

Zagueiro Paulo Sergio em comemoração em jogo do Operário. Foto: André Jonsson / OFEC

O jogador Paulo Sergio Marques Corrêa jogava pelo Sampaio Corrêa no ano passado e foi contratado neste ano pelo Operário Ferroviário, em Ponta Grossa. Segundo a denúncia, o valor teria sido pago na conta do atleta.


O MP incluiu prints de um grupo de mensagens em que os atletas conversam sobre o assunto. Em depoimento, ele negou o crime e disse que o dinheiro era de jogos de pôquer. Afirmou, ainda que não lembrava de participar de um grupo de mensagens com outros atletas que debatia sobre as apostas.


De acordo com o Ministério Público, depois que o pênalti foi marcado, Paulo Sergio e outros dois jogadores do Sampaio Corrêa começaram a cobrar os apostadores.


O Operário Ferroviário não vai se manifestar até uma posição do Sampaio Corrêa. O zagueiro Paulo Sérgio Marques Corrêa também não se manifestou.

bottom of page