Documento aponta risco de danos ao patrimônio com a fixação de faixas e cartazes e o uso das calçadas para estacionamento.
Um documento da Secretaria Municipal de Cultura pediu que a prefeitura fiscalize a manifestação na Praça Marechal Floriano Peixoto em Ponta Grossa. A pasta aponta risco de danos ao patrimônio com a fixação de faixas e cartazes e o uso das calçadas para estacionamento.
Um grupo está acampado na praça desde o dia 1º de novembro e protesta em frente ao Quartel General da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, do Exército Brasileiro. Os manifestantes são contrários à vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além das barracas montadas na praça, cartazes com pedidos de “intervenção federal” e “intervenção militar” estão fixados nas árvores e monumentos do local. Banheiros químicos também foram instalados.
A Praça Marechal Floriano Peixoto é tombada como um patrimônio cultural do município. O documento da Secretaria de Cultura, obtido pela CBN através do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), foi enviado no dia 07 de novembro.
O texto diz que a pasta e o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (COMPAC) receberam diversas reclamações quanto ao uso da Praça durante o período de manifestações.
A Secretaria afirma que indiferente das questões sociais e políticas é preciso colaboração das secretarias para a fiscalização do local. O documento foi enviado para as secretarias de Cidadania e Segurança Pública, de Meio Ambiente e de Infraestrutura e Planejamento.
Entre os pontos de preocupação está o uso da praça para estacionamento de veículos. A secretaria destaca que o pavimento em petit pavê e os elementos arquitetônicos podem ser danificados.
Além disso, a pasta pontua que os monumentos do Marco Zero e do Sesquicentenário e os pórticos de entrada são utilizados para a fixação de faixas e bandeiras. Outra preocupação é com a instalação de tendas, barracas e sanitários móveis.
Por fim, a secretaria ressalta que existe o risco ao dano no paisagismo do local, componente do processo de tombamento. A pasta diz que a lei que prevê o patrimônio cultural não permite o acréscimo de elementos permanentes ou provisórios no local sem a autorização prévia do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (COMPAC).
Conforme o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), a Secretaria de Meio Ambiente disse que o local será arrumado após o término das manifestações na praça. A CBN pediu um posicionamento para a prefeitura de Ponta Grossa e aguarda retorno.