Acusados devem responder pelas qualificadoras paga e motivo torpe, meio cruel e uso de emboscada.
O Ministério Público denunciou três pessoas por homicídio qualificado pelo envolvimento na morte da advogada Eloisa Maria Reis Guimarães, em Ponta Grossa. Os acusados devem responder com as qualificadoras paga e motivo torpe, meio cruel e uso de emboscada.
A advogado foi morta a tiros no dia 22 de março de 2022. A suspeita é de que ela tenha sido vítima de uma facção criminosa responsável por homicídios no município. De acordo com as investigações, o crime teria acontecido a mando do líder da facção, que atualmente está preso no Rio de Janeiro. A profissional estava no carro com uma assessora no bairro Contorno.
Os criminosos abordaram o veículo em outro automóvel e fizeram diversos disparos. A advogada morreu no local e a assessora ficou ferida, mas sobreviveu. O crime foi investigado pelo Setor de Homicídios da Polícia Civil do Paraná.
Na ocasião, três criminosos estavam no carro e outras duas pessoas participaram do planejamento e organização do crime.
Uma mulher denunciada foi presa na última terça-feira (25) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Conforme o Ministério Público, quem dirigia o veículo seria um adolescente, de 16 anos. Outros dois suspeitos morreram. Um em confronto em abril de 2022 e outro como forma de ‘queima de arquivo’.
O suspeito de ser o mandante do crime e líder da organização foi preso em dezembro do ano passado em uma operação no Rio de Janeiro. A arma do crime foi apreendida meses depois do homicídio, em uma outra situação de flagrante envolvendo um dos integrantes da facção. Por meio de perícia, foi constatado que a arma foi a mesma utilizada na execução da advogada.
A denúncia foi apresentada no início do mês e o processo corre em sigilo de justiça. De acordo com o Ministério Público, os denunciados são dois homens e uma mulher, acusados também da tentativa de homicídio contra a assessora da vítima e crime de corrupção de menor.