De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a decisão foi tomada por causa do aumento no número de casos diários da Influenza.

O Paraná declarou epidemia de H3N2 nesta quarta-feira (12). A medida foi anunciada pelo secretário estadual de Saúde, Beto Preto, em coletiva de imprensa. Uma epidemia é caracterizada pelo aumento no número de casos de uma doença em uma determinada região.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a decisão foi tomada por causa do aumento no número de casos diários da Influenza e mortes em decorrência da doença. O estado já soma 832 casos e 12 da H3N2.
Não havia registros de tantos casos neste período desde o início do monitoramento dos casos da Influenza A (H3) pela Sesa em 2016.
Os dados foram coletados até essa terça-feira (11) por meio do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), alimentado pelos laboratórios do Sistema Único de Saúde (SUS) e da iniciativa privada.
Segundo a Secretaria, o estado vive uma situação atípica de confirmações de casos durante o verão, aumentando consideravelmente a procura por atendimento médico em todas as regiões.
O secretário Beto Preto afirmou que a transmissão do vírus acelerou durante as festividades de fim de ano. Os casos foram confirmados pela rede sentinela, composta por 34 serviços de saúde para atendimento em todo o estado.
No entanto, a rede coleta apenas amostras aleatórias de pessoas com sintomas respiratórios. A estimativa é que o número de confirmações seja pelo menos vinte vezes maior.
Conforme a Secretaria, 12 pessoas morreram pela gripe no Paraná. As mortes foram registradas em nove municípios. São seis mulheres e seis homens, com idades que variam de 44 a 83 anos.
As mortes ocorreram entre 11 de dezembro de 2021 e 10 de janeiro de 2022. Onze tinham algum tipo de comorbidade e um caso segue em investigação. Seis não haviam tomado a vacina contra a Influenza e um permanece em investigação.
Os que morreram eram moradores de Arapongas (1), Curitiba (2), Foz do Iguaçu (1), Londrina (2), Mandaguaçu (1), Maringá (1), Marumbi (1), Paranaguá (2) e Tapira (1).
Medicamento
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, 460 mil cápsulas de tamiflu foram distribuídas aos municípios na última semana. A pasta informou que já protocolou um novo pedido junto ao Ministério da Saúde, de mais 100 mil unidades.
O medicamento tem efetividade contra o agravamento do quadro clínico, diminuindo o risco de morte ou a gravidade dos sintomas no paciente. O tamiflu deve ser administrado em até 48 horas após a infecção pelo vírus.
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