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CBN Ponta Grossa

PG de todos os povos: imigração polonesa também é destaque em Ponta Grossa

Ponta Grossa foi uma das cidades paranaenses que recebeu os imigrantes vindos da Polônia no final do século 19 e início do século 20.

Ponta Grossa foi uma das cidades paranaenses que recebeu os imigrantes vindos da Polônia no final do século 19 e início do século 20. Mas os primeiros imigrantes tiveram dificuldades para se adequar no país.


Quando chegaram ao Brasil, ficavam em núcleos com pessoas do próprio país e só se misturavam com brasileiros e outros povos para negócios comerciais e profissionais.

Até mesmo o casamento acontecia entre os próprios poloneses. Quem casava com um não-polonês era reprovado pela comunidade.


Mesmo os nascidos no Brasil não se consideravam brasileiros. Mas com o passar do tempo, a cultura polonesa foi criando raízes e se espalhando e o contato com outros povos foi inevitável.


O pequeno país do leste europeu sofreu com as guerras, a fome e a miséria e por muitas vezes teve sua independência ameaçada. Esse foi um dos motivos da fuga de poloneses ao Brasil.


Durante a Segunda Guerra Mundial, os imigrantes que estavam no Brasil ajudavam às vítimas do conflito na Polônia. Com a ocupação nazista, o país se tornou palco de um dos momentos mais terríveis da história mundial.


A cidade de Auschwitz se tornou conhecida após a instalação de um campo de concentração com o objetivo de exterminar judeus e prisioneiros políticos. Com o fim da guerra, milhares de poloneses chegaram ao Paraná. Eram sobreviventes do conflito que buscaram o Brasil para reconstruir suas vidas.


Como é comum entre imigrantes, a cultura do país foi se espalhando no estado. Um dos expoentes da poesia paranaense, Paulo Leminski tinha sangue de polaco. Seu avô veio da Galícia a Porto Amazonas e ajudou a construir a linha do trem.


Além da poesia, as danças folclóricas polonesas são cada vez mais comuns no estado, com grupos tradicionais em Curitiba e São Mateus do Sul, município considerado a capital polonesa no Brasil.


O paranaense é tão ligado à Polônia que manteve uma relação de carinho com o primeiro papa polonês da história, Karol Woytila, o Papa João Paulo II, canonizado como santo pela Igreja Católica.


Em 1980, mais meio milhão de pessoas acompanharam a visita do papa a Curitiba. Ele foi recepcionado pelos paranaenses com apresentações artísticas e danças polonesas.


O destaque da cultura polonesa é a gastronomia, principalmente o pierogi. É uma espécie de pastel feito com água e trigo e cozido.


O pierogi é um dos pratos servidos na Festa das Nações nesta semana em Ponta Grossa. Um antigo ditado popular polonês diz “Não confie nos que comem pouco – são nervosos e invejosos”. Portanto, experimentar a iguaria polaca é dever do ponta-grossense.


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