Alisson Luiz Lara tinha três meses de vida no dia do pentacampeonato. Hoje com 20 anos torce para ter a chance de ver a conquista do hexa.

Mais uma Copa do Mundo começa com expectativa de taça para o Brasil. O único país cinco vezes campeão não ganha um mundial há exatos 20 anos. O jejum só não é mais longo do que o período entre o tri e o tetracampeonato de 1970 a 1994.
Em uma manhã de domingo, o dia 30 de junho de 2002 foi marcado pelo encontro de famílias para assistir a dobradinha de Ronaldo e Rivaldo naquele 2 a 0 sobre a Alemanha na Copa do Mundo FIFA da Coreia do Sul e Japão.
O palco do espetáculo foi o estádio de Yokohama e a emoção tomou conta de milhões de brasileiros que acordaram cedo para acompanhar o jogo.
A campanha ao som de Zeca Pagodinho coroou a chamada família Scolari, que iniciou o mundial desacreditada. É porque a classificação só aconteceu na última rodada. Luiz Felipe Scolari foi o quarto treinador a passar pelo grupo durante a campanha que não foi tão positiva para a seleção.
Já no primeiro jogo, o Brasil levou um gol da Turquia e saiu atrás no placar. O time conseguiu virar e trilhou um caminho no campeonato até a final contra a Alemanha. Caminho que teve goleada, jogo apertado, virada e o protagonismo do camisa 9.
Praticamente todos os ponta-grossenses lembram onde estavam naquele domingo em que a seleção canarinho se tornou a única no mundo a conseguir um pentacampeonato de futebol. Praticamente todos, porque pelo menos 130 mil pessoas não tinham nascido em 2002.
Essa parcela da população em Ponta Grossa nasceu e cresceu sem ter a chance de ver o Brasil campeão da Copa do Mundo. Foram quatro tentativas.
A expectativa de quem não lembra dos títulos da Seleção
O estudante Alisson Luiz Lara tinha três meses de vida no dia do Penta. Como muitos jogos eram de madrugada por conta do fuso horário, ele conta que era levado bebê para assistir às partidas com a família. (Ouça na reportagem abaixo).
Alisson está no segundo ano do curso de Engenharia de Software na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ele diz que a primeira memória relacionada à Copa do Mundo é de quando ele tinha oito anos no mundial de 2010, na África do Sul, em que o Brasil foi derrotado pela Holanda nas quartas de final.
Alisson não lembra da vitória do Brasil contra a Alemanha em 2002, mas lembra muito bem daquilo que pode ser chamado de volta por cima dos alemães em 2014. Naquele ano, ele tinha 12 anos e já sabia contar os sete gols sofridos pela seleção na maior derrota do time na história das copas.
Mesmo com o 7 a 1, foi a melhor campanha da Seleção desde o penta em 2002. Em 2018, o estudante ponta-grossense lamentou a derrota para a Bélgica nas quartas de final.
Como todo brasileiro, Alisson Luiz Lara tem um time do coração. Desde 2002 ele já viu o Palmeiras vencer duas Copas do Brasil, duas Libertadores, três campeonatos Brasileiros e torceu em uma final de Mundial de Clubes.
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