Definição deve ser anunciada o primeiro semestre deste ano.
Em meio às comemorações dos 200 anos de Ponta Grossa, será que neste ano a população terá uma definição sobre o novo mercado municipal? Pelo menos é o que diz o secretário de Infraestrutura e Planejamento Henrique do Vale. A declaração foi dada em entrevista ao programa 'Sábado CBN' com o jornalista Ney Hermann.
Inaugurada em 1969, o tradicional mercadão era um ponto importante da cidade que reunia comerciantes feirantes e artesãos. Mas desde a década de 1990 passou por um processo de precarização até o fechamento total 2011.
O secretário pontuou que a estrutura era moderna para a época, mas que ao longo dos anos perdeu o objetivo original.
Em 2017, a prefeitura assinou um contrato com uma empresa vencedora de licitação para obras de revitalização do prédio abandonado que ficava na Rua Comendador Miró, no centro da cidade. O contrato tinha investimento de cerca de R$ 70 milhões e também previa a construção de um hotel, um estacionamento e obras de paisagismo no entorno.
Em contrapartida a empresa poderia explorar comercialmente o mercadão pelo prazo de 35 anos. A obra começou com a instalação de tapumes e deveria ser finalizada em 2020 com espaços para lojas, serviços, vendas dos setores hortifrutigranjeiro, de carnes e de peixes, cafés, produtos coloniais e gastronomia em geral. A planta seguia a ideia de modelos estabelecidos em outras cidades como Curitiba e São Paulo.
No entanto, a alteração do projeto alterou a revitalização e as obras se prolongaram até que em 2020 o prédio foi demolido. Na época a empresa destacou que as estruturas deveriam ser demolidas e seria necessária a construção de um novo prédio.
Um parecer da administração constatou o abandono do contrato por parte da empresa sem qualquer justificativa. A prefeitura então multou a empresa em R$ 13 milhões diante da rescisão contratual por culpa da concessionária e também pela falta de conservação e manutenção da estrutura, já que houve a demolição total do prédio.
Com o fim do contrato de revitalização e a demolição do prédio, a prefeitura abriu um concurso em 2021 para escolher um novo projeto, já que o antigo não podia ser reaproveitado.
Foi escolhido o projeto do ponta-grossense Henrique Wosiack Zulian que concorreu com outros onze projetos que foram produzidos por profissionais do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
A expectativa era de que o edital de licitação fosse lançado no primeiro trimestre do ano passado. Conforme a administração, o novo mercado deve ser anunciado ainda neste ano. Existe a possibilidade de a estrutura ser construída em outro local no centro da cidade.
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