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BrasPine anuncia demissão de 400 funcionários nos Campos Gerais

  • Foto do escritor: CBN Ponta Grossa
    CBN Ponta Grossa
  • 4 de set.
  • 2 min de leitura

A indústria BrasPine, que fabrica produtos à base de madeira, anunciou nesta quarta-feira (3) a demissão de cerca de 400 funcionários das unidades de Jaguariaíva e Telêmaco Borba, nos Campos Gerais. A empresa também informou que colocou 1,1 mil colaboradores em regime de layoff, com vínculo empregatício preservado e benefícios mantidos durante o período de capacitação profissional.

Em julho, a BrasPine havia anunciado férias coletivas Foto: Divulgação
Em julho, a BrasPine havia anunciado férias coletivas Foto: Divulgação

Segundo o Tribunal Superior do Trabalho, o layoff é um recurso que pode ser utilizado para reduzir salários e jornada ou suspender temporariamente o contrato de trabalho.


No comunicado, a BrasPine afirmou que enfrenta retração significativa na demanda em razão das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e da ausência de avanços nas negociações setoriais. A empresa destacou que segue oferecendo extensão de benefícios, suporte para recolocação profissional e mantém diálogo com órgãos governamentais e entidades do setor.


O decreto do presidente Donald Trump, que elevou para 50% a alíquota sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, entrou em vigor em 6 de agosto. A medida excluiu os produtos fabricados pela BrasPine, apesar de prever exceções para setores como aeronáutico, energético e parte do agronegócio.


Ainda em julho, a BrasPine havia anunciado férias coletivas para 700 trabalhadores, número que foi ampliado para 1,5 mil. Na época, a empresa tinha cerca de 2,5 mil funcionários, sendo 1,2 mil em Jaguariaíva, 1,1 mil em Telêmaco Borba, 150 florestais e 50 nos escritórios de Curitiba e Porto Alegre.


O Governo Federal lançou em agosto um pacote de medidas para apoiar empresas afetadas pela taxação, incluindo linha de crédito de R$ 30 bilhões e flexibilização de impostos. Antes disso, em julho, o Governo do Paraná também havia anunciado medidas econômicas, como crédito especial e flexibilizações.


O anúncio das tarifas preocupa fábricas paranaenses e afeta cidades que dependem dessas indústrias, como Jaguariaíva, Telêmaco Borba, Guarapuava, Quedas do Iguaçu, Bituruna e Ventania.


Dados da Federação das Indústrias do Paraná mostram que, em 2024, o estado exportou US$ 1,58 bilhão aos Estados Unidos, sendo US$ 1,19 bilhão de setores como madeira, móveis, carne, café, mate, pescados, couro, calçados, mel, metalmecânico, siderurgia, cerâmica, papel e celulose e sucos. Esses segmentos respondem por 380 mil empregos diretos e 240 mil indiretos. De janeiro a junho deste ano, as exportações somaram US$ 735 milhões.


A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal estima que o setor madeireiro gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos no Paraná. Em 2024, as exportações de produtos florestais somaram mais de US$ 627 milhões, incluindo molduras, painéis compensados, madeira serrada e celulose.


A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente, em nota, afirmou que medidas governamentais não serão suficientes para resolver a crise enfrentada pelo setor em negociações com os Estados Unidos.

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