Procura por atendimentos médicos aumentaram nos últimos dias.
Mais comum no inverno, os casos da gripe vem aumentando em todo o Brasil no início deste ano. A transmissão da Influenza H3N2 é considerada comunitária no Paraná.
Isso acontece quando já não é possível definir a origem da transmissão. De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, quase 20% dos municípios registram caso da H3N2 no Paraná.
O estado soma 375 casos e quatro mortes pela doença, que é considerada um tipo do vírus Influenza A (H3). Em Ponta Grossa são nove pessoas com a gripe.
Nos Campos Gerais, Castro também registra nove confirmações, Telêmaco Borba tem cinco e Carambeí uma, totalizando 24 casos na região. O médico pneumologista, Carlos Alvares, afirma que a procura por atendimentos aumentou em Ponta Grossa.
As gripes são consideradas síndromes respiratórias. O vírus da Influenza A circula no estado há pelo menos cinco anos. A H3N2 é uma sublinhagem da Influenza, uma espécie de mutação do vírus que pode surgir com o passar do tempo.
Além disso, as sublinhagens possuem “cepas” que distinguem especificamente o vírus responsável pela infecção. Alvares explica que a cepa Darwin da gripe, recém-descoberta na Austrália, é motivo de preocupação.
O médico ressalta que o medicamento mais indicado para a redução da gravidade dos casos de gripe é o antiviral Oseltamivir, conhecido como Tamiflu.
O tamiflu está disponível no sistema de saúde e só deve ser prescrito por um médico, baseado em julgamento clínico. Na última quarta-feira, 246.900 unidades do antiviral foram distribuídas para todo o Paraná.
O medicamento é utilizado no tratamento da gripe desde 2009, quando o mundo viveu uma pandemia da gripe A (H1N1). O tamiflu ajuda a diminuir a ação do vírus da gripe no organismo.
Diferente de outros antigripais, o remédio é um antiviral e, além de tratar os sintomas, também combate o próprio vírus causador da Influenza. Ele foi aprovado para uso pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1999, e faz parte da lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Além do tratamento, a Secretaria Estadual de Saúde reforça que mais de 700 mil doses da vacina contra a gripe estão sobrando no Paraná. Em Ponta Grossa são 15 mil doses disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde que contam com sala de vacina.
Os imunizantes também são ofertados pela iniciativa privada e podem ser aplicados em todas as pessoas acima de seis meses de idade.
A orientação da Secretaria da Saúde é para que a população procure a disponibilidade da vacina.
Algumas pessoas devem ter mais atenção quanto aos sintomas da gripe. Segundo a Secretaria de Saúde, a doença pode ser mais grave em crianças de seis meses a cinco anos, idosos, pessoas com doenças pulmonares crônicas, incluindo asma, cardiovasculares, renais, hepáticas, neurológicas.
Além de pessoas imunocomprometidas, grávidas, crianças e adolescentes que estão recebendo medicamentos contendo aspirina ou salicilato e as pessoas extremamente obesas.
Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, a gripe é caracterizada pela febre, dor de cabeça, tosse, coriza, congestão nasal, dores musculares, distúrbios olfativos ou gustativos, fadiga, vômitos e diarreia.
Já para a Covid-19, classificada como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a pessoa pode apresentar os sintomas da gripe somados ao desconforto respiratório, pressão ou dor persistente no tórax, saturação menor que 95% em ar ambiente e coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto.
Segundo a Secretaria da Saúde, a orientação é buscar o diagnóstico, seja por teste com antígeno ou RT-PCR.
Esses métodos também são indicados caso o cidadão teve contato com alguém que está com suspeita ou recebeu o diagnóstico de Covid-19 nos últimos 14 dias. Outras recomendações são isolamento individual e avisar os contatos próximos.
Com o diagnóstico, é importante monitorar os sintomas, principalmente para manifestações inesperadas, como febre alta, saturação baixa de oxigênio e diarreia.
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