Local estava fechado desde abril do ano passado por problemas estruturais e ainda passa por reformas; Espaço agora é destinado para consultas materno-infantis e ginecologia.

A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) assumiu os serviços na estrutura do Hospital Municipal Doutor Amadeu Puppi nesta segunda-feira (04). O local estava fechado desde abril do ano passado por problemas estruturais e ainda passa por reformas.
De acordo com a UEPG, a unidade vai integrar a rede de assistência à saúde dos Hospitais Universitários, com atendimento a consultas de especialidades previamente agendadas. A reforma da estrutura é de responsabilidade da prefeitura de Ponta Grossa e é dividida em cinco fases.
O início dos atendimentos referenciados nesta segunda-feira foi possível com a finalização da primeira etapa. Foram disponibilizados oito consultórios médicos e estrutura para triagem, espera e exames.
Segundo a UEPG, nas fases seguintes, será feita a reforma do pavimento térreo da ala dos fundos do Ambulatório, para abrigar a Clínica de Reabilitação e mais 20 consultórios. O Centro Cirúrgico, localizado no pavimento superior da ala frontal, será foco da fase três, enquanto que na fase quatro será reformado o pavimento superior da ala lateral direita, para receber instalações administrativas e acadêmicas.
Neste primeiro momento, o espaço é destinado para as consultas materno-infantis, que até então aconteciam no prédio anexo ao Hospital Universitário, em Uvaranas. Serão atendidas as consultas de especialidades em pediatria, como neuropediatria, pneumopediatria, hematopediatria, reumatopediatria, endocrinopediatria, cirurgia pediátrica, odontologia, bucomaxilofacial e fonoaudiologia.
Além disso, os atendimentos também serão destinados para gestação de alto risco, consultas de ginecologia (oncoginecologia, obstetrícia e ginecologia) e consultas farmacêuticas para orientação de uso de medicamentos. Segundo a Universidade, há a previsão de ampliar as especialidades atendidas no Ambulatório, transferindo outras consultas que hoje acontecem no HU.
Primeira fase da reforma foi finalizada
Conforme a Fundação Municipal de Saúde, o investimento da primeira fase da reforma foi de cerca de R$ 1,6 milhão, com adequações na distribuição dos ambientes, telhados, rede elétrica, hidráulica e iluminação.
A etapa incluiu a troca de pisos e revestimentos, demolições de alvenarias e execução de divisórias em drywall para adequação do layout, adequação de pontos elétricos, hidráulicos, iluminação e rede de lógica existente, pintura interna, execução de forro em gesso, manutenção predial e tratamento de áreas de infiltração, manutenção de telhado e execução de telhado em área de rampa no pavimento superior.
A área total de implantação referente a essa fase é de 2.515,15 m². O espaço tem uma área de quase sete mil metros quadrados. As outras etapas preveem a adequação global da estrutura para abrigar todos os serviços previstos, incluindo um novo bloco com uma farmácia satélite, uma ala acadêmica e administrativa. A prefeitura, no entanto, não divulgou a previsão de conclusão das obras.
Hospital ficou fechado por mais de um ano
O Hospital Municipal teve os atendimentos suspensos em abril do ano passado devido aos problemas estruturais. À época, a prefeitura afirmou que o problema era crônico, já que o local nunca passou por reformas completas desde a inauguração, há cerca de 45 anos.
A prefeita Elizabeth Schimidt disse que a reforma poderia custar mais de R$ 12 milhões. A parceria entre o município e o governo do estado foi anunciada em junho do ano passado. A ideia era tornar parte da estrutura um Ambulatório de Especialidades Médicas da UEPG. O governador Ratinho Junior chegou a afirmar que o hospital poderia se tornar especializado em traumas.
Mas em setembro, um protocolo de intenções foi assinado para garantir os atendimentos. A expectativa inicial era de que os atendimentos começassem em março deste ano. O Ambulatório passa a atender 27 municípios da 3ª, 4ª e 21ª Regionais de Saúde, exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Fluxo de atendimento
Segundo a UEPG, não é possível buscar uma consulta diretamente no Ambulatório Universitário. O atendimento é referenciado, a partir de encaminhamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Depois de fazer a consulta médica na UBS, o paciente pode ser encaminhado para especialista, e o agendamento é realizado pela Regional de Saúde.
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