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  • CBN Ponta Grossa

RETROSPECTIVA 2022: disputas entre facções criminosas e combate ao crime marcaram o ano em PG

Segurança pública ficou em evidência durante 2022 na cidade e região.

Em fevereiro, um jovem autista foi encontrado morto um dia depois de completar 19 anos. A mãe e o padrasto foram indiciados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e cárcere privado.


Rômulo Luiz Fernandes Borges morreu no dia 18 de fevereiro. Segundo a Polícia, o padrasto acionou o Samu e afirmou que o jovem estava tendo um ataque convulsivo. As investigações comprovaram que a vítima era mantida em cárcere privado em um banheiro desativado insalubre, onde era mantido amarrado e amordaçado.


Os policiais também apontaram contradições nos depoimentos do casal. As provas coletadas indicaram que o padrasto agrediu a vitima de forma violenta, o que resultou em sua morte.


Segundo a Polícia, as agressões começaram em 2018, quando a mãe de Rômulo iniciou o relacionamento amoroso com o padrasto. Em 2019, a Associação de Proteção aos Autistas (Aproaut), onde o jovem estudava, chegou a fazer uma denúncia ao Ministério Público.


Os profissionais da instituição notaram sinais de violência no corpo, mudança no comportamento e baixa frequência nas aulas. A mãe teria sido chamada na escola. Depois das denúncias, segundo as investigações, Rômulo abandonou o tratamento na Associação e a visita dos profissionais não foi mais permitida.



Ele e a esposa foram acusados de matar a empresária Marlene Paula Acacio no final de 2020. O corpo dela só foi encontrado quase um mês depois do crime, no dia 5 de março de 2021, no Distrito de Uvaia.


O crime teria acontecido porque a empresária auxiliou o casal no roubo de um cofre no dia da morte. O cofre era do genro de Marlene, mas estava guardado na casa de um primo dele. As investigações concluíram que o casal atraiu a vítima para o carro onde a teriam matado. Em seguida, teriam ocultado o cadáver.



Em junho, os acusados pela morte de um professor em Ponta Grossa foram condenados por homicídio qualificado. O crime aconteceu em 2019 quando Lucas Ferreira de Oliveira, que morava em São Paulo, visitava o filho no município.


Dois acusados foram condenados pelo júri popular e foram considerados culpados pelo crime de furto qualificado por utilizarem o cartão da vítima. A ex-mulher do professor foi acusada de ser a mandante do crime e é ré por homicídio duplamente qualificado, mas não foi julgada com os demais porque pediu recurso.




Ele era suspeito de receber propina para que a empresa responsável pelo Estar Digital de Ponta Grossa não fosse prejudicada no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava irregularidades no contrato da empresa. Valtão era o relator da CPI.


O ex-vereador chegou a ser preso no fim de 2020 e assumiu um novo mandato em prisão domiciliar em janeiro de 2021. Ele renunciou ao cargo depois de ser alvo de um processo de cassação por quebra de decoro.


No fim de fevereiro, os olhos do mundo se voltaram ao conflito na Ucrânia. No Paraná, descendentes acompanham a situação desde o primeiro ataque da Rússia ao país do leste europeu.


Cerca de 80% dessa comunidade no Brasil está no Paraná. Estima-se que mais de 500 mil descendentes ucranianos vivem no Brasil atualmente. Além do Paraná, parte da comunidade está nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul.


Em entrevista à CBN, o Presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Inovação Brasil-Ucrânia, Sergio Maciura, destacou que as principais cidades paranaenses têm descendentes de ucranianos.


O município com o maior número de ucranianos no Paraná, Prudentópolis lamentou os ataques e afirmou que está com “as portas e o coração aberto ao povo ucraniano como o fez há mais de cem anos, quando recebeu os primeiros imigrantes que construíram sua história e influenciaram diretamente no modo de vida da cidade”.


Um Programa de acolhida de cientistas ucranianos foi lançado no Paraná como forma de ajuda humanitária. Até agora, nove pesquisadores ucranianos atuam em universidades públicas e privadas do estado.



Em janeiro, um incêndio de grandes proporções atingiu cinco casas no bairro Santa Mônica, em Ponta Grossa. O combate às chamas durou quatro horas e nenhum morador ficou ferido. As casas eram de madeira e foram consumidas pelo incêndio.


Além disso, móveis também foram destruídos, como geladeiras, fogões, mesas, cadeiras, colchões e alguns armários de madeira. Bem como roupas e itens pessoais dos moradores.


Em março, um homem de 56 anos morreu após a explosão do tanque de um caminhão de óleo vegetal às margens da rodovia BR-373 em Ponta Grossa. A vítima estaria realizando uma solda em uma parte do tanque, quando aconteceu a explosão.


Uma imagem de Nossa Senhora Aparecida ficou intacta depois de um incêndio em uma casa no bairro Boa Vista em agosto. As chamas consumiram parte da residência, mas não atingiram a imagem e um terço que estavam em um pequeno altar.


Em setembro, um incêndio atingiu o imóvel histórico da antiga Rede Ferroviária Federal, em Oficinas. O local fica próximo ao Estádio Germano Krüger, na Avenida Visconde de Mauá.


A estrutura desativada faz parte do antigo complexo de manutenção das ferrovias que hoje pertence a Rumo Logística. Ao longo do século XX, o local era usado para manobra de máquinas, depósito de vagões e oficinas de locomotivas e é considerado histórico.




Um cachorro teve o pelo pichado no Terminal Central. O animal foi encontrado com desenhos que podem caracterizar maus-tratos. O caso teve repercussão entre a população nas redes sociais. Um dos desenhos tinha cunho sexual. O animal foi recolhido pelo Centro de Referências para Animais em Risco (Crar) da prefeitura.



Em março, a CBN publicou uma reportagem sobre as dificuldades que pais enfrentam para matricular os filhos autistas em escolas de Ponta Grossa. A falta de profissionais e estratégias para esse perfil de crianças preocupa principalmente para o avanço intelectual.


Uma cobra venenosa foi encontrada em junho em uma escola municipal em Ponta Grossa. O animal estava próximo à cerca da escola que fica no Residencial Lagoa Dourada, no bairro Neves.


O diretor da escola colocou a cobra dentro de um balde e guardou dentro de uma sala até a chegada dos técnicos do Instituto Água e Terra (IAT).



Das 27 escolas selecionadas em todo o Paraná, o projeto foi aprovado em apenas duas.

As empresas seriam responsáveis por questões como infraestrutura, merenda, uniforme, contratação de funcionários e demais processos administrativos.


Era o fim do domingo de páscoa, quando cerca de 30 criminosos tentaram assaltar uma transportadora de valores em Guarapuava, na região central do Paraná. Os bandidos bloquearam as entradas e saídas do 16° Batalhão de Polícia Militar e entraram em conflito com os policiais.



As investigações apontaram para a existência de uma organização criminosa que atua em vários estados e é especializada em assaltos a bancos e base de valores com ações conhecidas como “Novo Cangaço” e “Domínio de Cidades”.


Em dezembro, o Ministério Público do Paraná denunciou 22 pessoas pela participação na tentativa de assalto. Em setembro, uma operação que reuniu mais de 500 policiais cumpriu 74 ordens judiciais contra a organização criminosa. Os mandados foram cumpridos nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.


Ainda em Guarapuava, uma mulher foi presa suspeita de matar os filhos de três e 10 anos. Os corpos das crianças foram encontrados em cima da cama em um apartamento 15 dias depois do crime. A mulher foi presa e aguarda julgamento.


Em Ponta Grossa, a preocupação com a disputa de território de organizações criminosas continuou em 2022. Pelo menos 70% das vítimas de homicídios na cidade eram envolvidas com o tráfico de drogas.


Em dezembro, um ponta-grossense líder de uma facção criminosa foi preso no Rio de Janeiro. Conforme a Polícia Civil, ele liderava uma organização responsável por dezenas de homicídios no Paraná.


O tráfico de drogas na praça dos polacos foi tema de uma série de reportagens na CBN. O aumento da população em situação de rua nas praças do centro preocupava moradores. Vídeos de câmeras de monitoramento no interior do Santuário Sagrado Coração de Jesus, a "Igreja dos Polacos", flagraram o furto de um ventilador e um transformador dentro do confessionário.


Em outro vídeo, três pessoas estão rezando no interior da igreja quando uma mulher em situação de rua entra para pedir dinheiro. Ela tenta agredir uma das mulheres e se afasta. As três mulheres saem às pressas.


Após a publicação das reportagens e repercussão no município, a segurança foi reforçada no local. A situação de usuários de drogas em locais públicos também gerou debate sobre os limites de atuação das forças de segurança.


Em junho, um casal de empresários do ramo de piscinas foi preso suspeito da prática de estelionatos. Eles vendiam piscinas no município e não entregavam. O crime foi repetido pelo menos 11 vezes e os prejuízos somaram mais de R$ 250 mil.


Um jovem de Ponta Grossa desapareceu no Paraguai em outubro. Ele tem 25 anos e mora na cidade de Mariano Roque Alonso, região metropolitana de Assunção, capital do país.


Antonio Augusto Streski Manjinski é natural de Ponta Grossa e mora no Paraguai desde 2016 para cursar medicina. De acordo com a família, o jovem saiu de casa sem dinheiro, documentos pessoais e sem o celular.


Um terapeuta ocupacional foi morto a facadas enquanto atendia um paciente em um anexo da Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, no Bairro Contorno. Ele realizava um atendimento quando foi agredido com golpes de faca na região do tórax. O suspeito era paciente da vítima, menor de idade e foi apreendido pela Polícia Civil dias depois.


Com o início do Censo do Insitituto Brasileiro de Geografia e Estatística, pesquisadores tiveram dificuldades em Ponta Grossa. Uma servidora relatou que foi vítima de ameaça e desacato por um morador de um condomínio do município.


O morador reclamou das perguntas do Censo e teria ficado irritado quando a recenseadora perguntou sobre o sexo. A coordenação do IBGE considerou que o crime não se trata somente de desacato, mas de ameaça e importunação sexual.


A Exposição Múltiplo Leminski recebeu 1.500 visitantes no Museu Campos Gerais em Ponta Grossa. A mostra ficou em cartaz por cinco meses e foi encerrada em janeiro.


No carnaval, a CBN retomou o debate de uma das polêmicas carnavalescas mais famosas sobre a verdadeira autoria da marchinha “A Jardineira”, que estourou em 1939 no Rio de Janeiro na voz de Orlando Silva. Isso porque a família do maestro ponta-grossense Paulino Martins Alves, reivindica a autoria.


Pela primeira vez na história, Ponta Grossa reconheceu expressões culturais como patrimônios imateriais do município. Até então somente prédios e bens materiais eram reconhecidos como históricos na cidade.


Uma sessão pública de salvaguarda reconheceu oficialmente a Banda Lyra dos Campos, o Artesanato em Palha e a Devoção em torno do túmulo de Corina Portugal como patrimônios imateriais da cidade.


Uma empresa terceirizada ficou responsável pela organização da München Fest a partir deste ano. A terceirização deve ter investimento de no mínimo R$ 350 mil por ano até 2024. O evento foi realizado no fim de novembro e início de dezembro.


Mais de 20 mil pessoas participaram do Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa no inicio de novembro. Neste ano, o Fenata completou 50 edições e comemorou a cultura e a história com apresentações de grupos teatrais de todo o Brasil. O festival foi marcado por homenagens e polêmicas.


Ouça a retrospectiva:



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